Especialmente dedicado ao João Miranda e inspirado neste post fresquinho do Blasfémias, particularmente no seu vaticínio: “(…)Hoje toda a gente acha que os recursos devem ser aplicados na prevenção dos efeitos de terramotos. Daqui a 6 meses todos estarão preocupados com os efeitos dos incêndios e daqui a 1 ano todos estarão a defender uma grande aposta no combate à SIDA.”, dedico estes outros que escrevi neste mesmo blogue há exactamente um ano intitulados:
Em busca da carta sismológica de Lisboa (será este o nome?)
Mapa de risco sísmico em Lisboa 2ª parte (revisto)
Ai a memória, a memória…
Lá se vai a teoria da gestão do risco liberal?
3 replies on “Coincidências "demolidoras"”
Esses posts são um exemplo do que eu critico. Foram escritos a 29 ou 30 de Dezembro na sequência do terramoto na cidade de Bam no Irão a 26 de Dezembro. Vertigem mediática sem fundamento científico.
Bem, bem. Encontras histeria nos posts?
Eu penso que encontras – a pretexto do sismo de BAm – um esforço de recolha de informação sobre um problema que nos pode afectar. Uma tentativa de aferição do risco e da afectação dos recursos de que falas. Consegues defender que o total desleixo no cumprimento da lei e na divulgação de informação resulta de um opção consciente do decisor político após a aferição do risco?
Mais uma areiazinha. A histeria é um problema para o decisor público e não algo alheio às suas funções. Ela resulta de muitos aspectos, entre eles a falta de formação e de informação (se calhar em falta de formação na Introdução à gestão de risco liberal ). A teoria de gestão do risco não pode ignorar este risco que – admito – poderá ter fundamentos irracionais potenciados por esta magnífica globalização que com ironia abstracta nos oferece sismos catastróficos, notados por todo o mundo, com aparente comportamento sazonal.
Mas para algo mais científico como reclamas, sugiro as dicas do Alexandre Monteiro referidas no post anterior aqui do tasco.
Boas entradas!
E para rebater um pouco mais a acusação de ser vertiginoso segue mais uma posta que se editou no Adufe acompanhando o tema em data que julgo não estar sequer próxima de mediatismo castatrofista nestas matérias.
Está aqui e chama-se “Sismologia de Lisboa”.