“(…) Se delegamos irresponsavelmente os nossos interesses nos políticos, eles farão o que sempre fizeram o princípio do mundo: apropriar-se-ão da nossa voz e abusarão da nossa confiança. É a ordem natural das coisas, e só de nós nos poderemos queixar quando isso acontece. Mas também podemos conceber o regime democrático assente na representação eleitoral como um sistema de créditos e débitos, em que o eleito se torna automaticamente nosso devedor, com a obrigação de servir a nossa causa e os nossos interesses. Neste caso, torna-se nossa responsabilidade controlar o político em permanência, participar nas suas decisões, monitorizá-las, orientá-las, questioná-las, e até propor-lhas. É isso que a Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados procura fazer, todos os dias e não apenas de quatro em quatro anos. Porque o que está mal, muda-se. “
Manuel João Ramos, Presidente da Associação de Cidadãos AutoMobilizados in Correio da Manhã