Imagem estilizada de um cravo disponÃvel na página do Instituto Camões Continua a publicação de contributos recebidos por e-mail onde se revêem estes últimos 30 anos e identificam os momentos históricos em que a vida política portuguesa se pautou pela elevação e pelo exemplo para o futuro. O que temos a agradecer à democracia, aos nossos representantes políticos, à nossa experiência democrática?

Recebido do Luis Novaes Tito(Tugir):

Caro Rui
Não será uma grande contribuição que, por especial falta de concentração no momento, estou ralo de descritivos.
Envio-te o texto do Post que publiquei em 29 de Fevereiro, na sequência de um outro Post do Gabriel, do Cidadão Livre.
É só uma anotação, mas reflecte tudo o que mudou em Portugal nos anos a seguir ao 25 de Abril. Isto nunca seria possível no tempo de Salazar ou de Marcelo Caetano.
De notar que se hoje o Fantasporto é um acontecimento cultural já consagrado, naquela altura dava os primeiros passos e talvez, mesmo sem a consciência de Mário Dorminski, a atitude do então Presidente da Assembleia da República, foi determinante para essa consagração.
Um abraço
Luís Novaes Tito


[00.063/2004]
Gabriel, o que foste fazer…?!

Avivar fantasmas, que tão bem se enquadram com o Fantasporto.
Na altura, era eu adjunto do Presidente da Assembleia da República e Manuel Tito de Morais o meu querido Presidente.

Uma das minhas competências era a de despachar com ele o expediente (centenas de cartas por dia) e quando chegou a vez da carta de Mário Dorminski disse-lhe na brincadeira:

– Então Tito, fazemos um intervalo na real e vamos ao fantástico?
Olhou para mim com aquele olhar verde que só Tito de Morais sabia fazer quando o absurdo normal era mais forte que a alma do irracional, e respondeu:

– Então Luís, qual é a dúvida? Claro que vamos! Diz ao Mário que tem de fazer soar o Maria da Fonte.
Assim foi em 1984.
LNT

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