Além do Aviz e do Bloguítica, o Carlos do Ideias Soltas oferece-nos um texto elucidativo sobre a memória e a realidade do projecto de Maria João Pires.
Particularmente interessante o esforço do Aviz e do Ideias Soltas em discernirem entre os candidatos [a subsídios] do costume e este projecto centrado na formação. Propõe-se um esforço para ir além da esquerda e da direita…
Acontece que Maria João Pires têm ideias muito vincadas sobre política, acontece que se recusa ao tal abastardamento de que o Paulo Gorjão falava. Acontece que a ignorância se alia à mesquinhez e ao pequeno autoritarismo, ao exercício atomista da vontade do pensamento único.
Aprender a tocar piano ou talvez mesmo a pensar é algo assustador para muita gente. Se soubessem exactamente o que significa ter pensamento próprio tudo seria diferente. Todos os medos se desvaneceriam.
Felizmente, Maria João Pires recusa-se à pressão para o abastardamento, sacrificando não o seu pão para a boca, nem mesmo os seus ideais mas “apenas” uma boa parte do gozo criador projectado sobre aqueles que a rodeiam, que nos rodeiam.
Nestes 30 anos de comemoração do 25 de Abril, há um nível de liberdade que ainda urge conquistar, com ou sem carga ideológica. Longa vida à blogoesfera.