O Paulo verbalizou aquilo por que todos esperavam há largos meses: a sociedade civil começa já a organizar-se para lançar o nome de Guilherme Silva para as Presidênciais de 2006. Mas não apenas de Guilherme Silva
Analisemos ainda a candidatura de Guilherme Silva para logo de seguida considerarmos o duelo que se adivinha.

As razões ponderosas e poderosas estão todas , no muito preciso texto do nosso spin doctor: integridade, capacidade de liderança, anos e anos de provas dadas ao serviço da Região Autónoma da Madeira e do Continente.
Depois de os Açores, na figura de Mota Amaral, terem alcançado o segundo lugar mais elevado da hierarquia do Estado ao presidir à Assembleia da República (o mais próximo que temos de um vice-presidente) é agora a vez de se chegar mais longe, de se reforçar a integridade nacional como defendem elementos activos da sociedade civil que organizam a candidatura de Guilherme Silva.
Por razões mais que evidentes, esta corrida deveria ser protagonizada por Alberto João Jardim mas, por razões ainda mais evidentes, tal não é possível: falta-lhe a constância irrepreensível alheia a excessos tão inata em Guilherme Silva. Por outro lado, Alberto João Jardim é absolutamente indispensável na Madeira sob pena de desencadear cataclismos de diversas naturezas que não interessa aqui explorar.
Dito isto, resta verbalizar um outro anseio que estranhamente tarda em assumir letra de forma. Há largos meses, pouco depois dos primeiros passos no sentido do lançamento da candidatura de Guilherme Silva, a oposição começou a preparar um adversário à altura.
Aquilo que Guilherme Silva tem em tarimba política, o candidato da oposição compensa com uma ascensão fulgurante na cena mediática particularmente notada nas últimas semanas com o incremento de exposição televisiva. Continental, com provas dadas no combate ao eterno padrinho de Guilherme Silva – uma vertente que a oposição explorará amiúde durante a campanha -, José Manuel Fernandes é o candidato natural da oposição.
Como diria o Paulo, acresce que, do ponto de vista de Ferro Rodrigues , há muito mais a ganhar com uma figura ligada aos media, entidades avalizadoras, para boa parte da população, da própria integridade ética e comportamental dos lideres socialistas do que com Guterres que, quando muito, mais não fará do que representar o papel de Cavaco na primeira vitória de Sampaio para a presidência. José Manuel Fernandes detém igualmente uma larga experiência de liderança, dispõe de um púlpito tão ou mais notório do que Guilherme Silva e nada deve invejar em coerência, integridade argumentativa e capacidade evangelizadora àquele que será, seguramente, o candidato com que disputará a segunda volta das presidenciais daqui a pouco mais de dois anos.

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