Acompanho apaixonada e interessadamente a discussão sobre a questão dos manuais escolares que é na realidade bem mais do que isso. Enquanto houver quem discuta, que lance a inquietação tenho esperança.
E fico feliz por ver o FJV apadrinhar a discussão. Espreitem os gritos de alma que acabou de deixar no Aviz.
Dispara em muitas direcções com um objectivo único que julgo nos deveria interessar a todos.
Lendo o Aviz vieram-me à memória alguns dos discursos dos arautos do estado vigente das coisas. Na televisão, por exemplo, lembro-me do ex-director de programas de um canal privado dizer que a televisão não serve para educar ninguém. à simplesmente um negócio. Lembrei-me também de quão castrador é alinhar pela esquerda ou pela direita defendendo cegamente princÃpios absolutos e gerais de organização social. E é esse o caminho (a desculpa?) para muitos na elite dirigente fugirem à discussão, evitarem a mudança, descobrir a solução para problemas que não querem enfrentar. Entretendo-nos com supostas divergências clubistas que nos afastam a todos da excelência, do interesse comum, da liberdade.
Já passamos do tempo em que havia diferentes formas de resolver um problema. Já poucos vêem o problema. Mas como disse quanto houver quem discuta, que lance a inquietação tenho esperança.
Sugiro ainda outro grito de alma publicado hoje aqui. E uma proposta diferente que me surpreendeu publicada aqui.