O meu mês é Agosto ou talvez Maio mas…
O Outono leva-nos em busca de um refúgio. Imaginar um casulo, prepará-lo, seguir respeitando o inevitável determinismo meteorológico. Em busca da serenidade, resistindo ao frenesim assustado e irritado que passa lá fora, na grande cidade.
É a altura de garantir que o ciclo não se gasta, não nos gasta. Nem sempre é fácil…
For depression press one after the beep.
É tempo de garantir que há uma linha contínua e incerta por onde caminhar.
Não anseio pelo inverno, pelo bafo húmido e peganhento que nos traz o ar mortiço do metro, do autocarro, do café, do carro… Não quero desculpas para o agasalho. Só lá para Janeiro me habituarei a ele, talvez. Mas se há quem me quer, quem me deixa ajeitar-lhe a lã ao rosto, como posso deixar de gostar destas manhãs de chumbo, promessa de nocturnos aconchegos?