ou
Um pedaço de intimidade

(o filme está no intervalo)

Ontem várias pessoas que só conheço daqui, pessoas que de alguma forma me encantaram ou seduziram por palavras escritas em folhas de livro, páginas de blog ou ondas da rádio, disseram ou fizeram algumas coisas bonitas que me deram um bocadinho de felicidade. Não me queixo de grandes tristezas por estes dias. Já houve tempos mais agros como os da terrível e deliciosa adolescência que poderão tranparecer em alguns textos de proto-blog que aqui tenho deixado (ou vier a deixar). Mas todos os mimos, palavras sábias ou simples registos de atenção (“olá, estou aqui e sei que estás aí”) têm um valor intrínseco, imune a relativizações conjunturais próprias da flutuação do amor próprio. Pode até ser que um dia, com ou sem pins identificadores na lapela, os destinos se cruzem de modo a permitir trocar de olhar, conhecer o sorriso, o grão da voz. Há algo de divertido e de estimulante nessa possibilidade. Ainda bem que gostamos de estar com os outros.

(já temos filme outra vez)

Vou aninhar-me no meu amor.
Bem hajam e fiquem bem

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