«(…) Tivemos 7 tamagotchis e fomos felizes para sempre, que fica, como sabem, em parte nenhuma»
Sarah Adamopoulos, Ciberia, TSF, 1996(?)
As cerejas
A primeira:
«E se bem viveram, melhor morreram.»
As outras:
Um dia lí ou ouvi, já não sei bem, um escritor dizendo que o primeiro passo para escrever um romance é encontrar um final, um final mesmo antes de se construir o resto. Sei que franzi o sobrolho e cocei a cabeça; apesar de adorar sobremesas.
Lembrei-me do dito do escritor quando, num espantoso documentário em filme de curta-metragem sobre o país Basco, realizado por Orson Welles no imediato pós-II Guerra Mundial (exibido na RTP 2), fiquei a saber que as estórias de encantar bascas têm este fim: «E se bem viveram, melhor morreram» – assombradoramente diferente do nosso conhecido «E viveram felizes para sempre».
Podem-me chamar maluco, mas, assim que acabou o documentário, veio-me à cabeça um verso do «Fim» de Mário de Sá Carneiro e fiquei com uma vontade enorme de saber como é que um burro ajaezado à andaluza se distingue de um outro ajaezado de outra forma. Queria que alguém me contasse, em palavras fresquinhas… Para a troca tenho pelo menos um «Bem haja» guardado…
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(As linhas ali de cima são mais um prot-blogue de 1996 que traz ainda outro excerto desse outro Rui de então:
Estou a ouvir o primeiro «Cyberia» na TSF – e estaria a ouvi-lo na XFM se… – e digo-vos que é uma coisinha danadinha de boa: é original, delirante, arrepiante e, a espaços, hilariante: faz cocegas!!!…Virtuais.)
E agora num blogue perto de si.