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As aves raras da estatística portuguesa

Uma vez que as pessoas “limitam-se a absorver, a julgar, a pensar e a comentar apenas – e só – a estatística;â€? sejamos justos para com uma parcela da estatística.

Quando lê um número sobre Portugal que apresente como fonte o Eurostat você sabia que há elevadíssimas probabilidades de na realidade esse número ter sido produzido no INE?

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Demissões no INE

Não sou funcionário público – o meu contrato de trabalho tal como o de todos os trabalhadores do INE é exactamente igual ao de qualquer trabalhador privado há já vários anos – mas ainda assim sinto-me trabalhador e accionista ao mesmo tempo, já que o INE é um instituto público e eu, além de português, sou contribuinte. Não gozo de total liberdade para vos contar a minha versão do que se vai passando no interior do INE e de quais serão as suas consequências. Há sempre um compromisso de lealdade institucional que cada trabalhador tem de manter com quem lhe paga o salário, salvo raríssimas situações de extremo conflito de interesses.

Por favor estejam atentos ao que se passa no INE e tentem perceber para que serve e para que querem o INE. É bem provável que alguém vos vá pedir opinião…
Nos próximos dias passarão por aqui alguns factos públicos sobre o INE que infelizmente muito poucas pessoas conhecem e cuja ignorância tem provocado lamentáveis artigos de opinião e notícias de jornais.

Hoje, chamo a vossa atenção para a notícia do Diário Económico.
Demissões no INE
Helena Garrido e Elisabete Miranda

Dois dos cinco directores regionais do INE demitiram-se por considerarem que as suas funções estão a ser esvaziadas.
Os directores regionais do Centro e do Alentejo do Instituto Nacional de Estatística (INE) demitiram-se, assim como a chefe dos serviçoes de estatísticas sociais da região Norte. Nos serviços centrais ficou ainda sem direcção o departamento de metodologia estatística.

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INE

Produto Interno Bruto regista quebra homóloga de 0,9% em volume

O Produto Interno Bruto (PIB) português diminuiu 0,9% no 3º trimestre de 2003, em termos reais, face a igual período do ano anterior, traduzindo uma melhoria face ao registo homólogo do trimestre anterior (-2,1% em volume), em resultado da quebra menos intensa da procura interna. O contributo da procura externa líquida para o crescimento homólogo do PIB foi menos positivo do que no trimestre anterior, em consequência da aceleração das Importações de Bens e Serviços.
Fonte: INE

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INE

Statcan

Jacob Ryten: O canadiano especialista em estatística volta a Portugal, onde viveu a infância, para avaliar o desempenho do INE, acompanhado pelo seu amigo Ivan Fellegi. Os dois fizeram do organismo estatístico do Canadá uma referência mundial” in Público

Este é um assunto que me interessa quanto baste e confesso sempre me interessou desde que percebi o que é uma estatística. Julgo que poderá haver por aí quem perceba a importância estratégica do que está em causa e se interesse também por este assunto.
O caso do INE poderá servir de exemplo (em “bom”, de preferência) a alguns institutos públicos ou mesmo empresas públicas e privadas. Há poucas instituições que empreguem quase 1000 trabalhadores em Portugal e menos ainda que tenham já quase 70 anos de história. Até por isso é sempre interessante observar com atenção potenciais estes casos de estudo. Implementar uma reforma, um rejuvenescimento é sempre complicado. Mas não me alongo mais pois a entrevista feita a Jocob Ryten que o Público (João Ramos de Almeida) apresentou no suplemento de Economia de segunda-feira passada é absolutamente imperdível e muito esclarecedora do diagnóstico típico que em larga medida se poderá ajustar a Portugal e ao INE. Esperemos que daqui a cerca de um ano seja dado o passo seguinte.
Em anexo publico a entrevista referida para memória futura.

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INE

A Frase

«Estou muito satisfeito, sobretudo com os resultados do relatório do INE (Instituto Nacional de Estatística)» Durão Barroso à TSF, hoje 14h04m.

Parece que o INE entrou nesta disputa.

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INE

No terceiro trimestre a situação no mercado de trabalho não se degradou?! (corrigido)

Tendo presente sempre a máxima de Bento Jesus Caraça “Se não receio o erro é porque estou sempre disposto a corrigi-lo”, devo destacar que me parece que no parágrafo que se segue o INE se despistou um bocadinho. No melhor pano cai a nódoa…

No terceiro trimestre a situação no mercado de trabalho não se degradou, mas também não melhorou significativamente, embora a informação mais recente, até Outubro, apresente desenvolvimentos favoráveis. O emprego voltou a diminuir, um pouco menos do que no trimestre precedente, e o desemprego continuou a aumentar, embora também a uma taxa menos intensa. A taxa de desemprego situou-se em 6.3%, o que representou um acréscimo de 1.2 p.p. face ao trimestre homólogo de 2002, menor do que o verificado no trimestre anterior. in SÃ?NTESE DE CONJUNTURA – Terceiro trimestre de 2003 (INE)

Os sublinhados são meus.
(CONTINUA em Auxíliar interpretativo)

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Economia INE

Nítidas Melhorias

No terceiro trimestre registaram-se nítidas melhorias tanto no indicador de clima como no indicador de actividade económica, tendo qualquer um deles apresentado uma trajectória ascendente ao longo desse trimestre. O indicador de clima, já disponível para Outubro, continua a revelar a mesma tendência. Sendo clara a recuperação no conjunto de indicadores, deve notar-se, contudo, que apenas na indústria transformadora há evidência de ter ocorrido uma evolução positiva da actividade. Apesar da procura externa ter continuado a mostrar-se deprimida, sem retomar o dinamismo evidenciado nos primeiros meses do ano, a informação disponível aponta para um crescimento apreciável das exportações. Por seu turno, a procura interna apresentou uma quebra menos intensa do que no trimestre precedente. in SÃ?NTESE DE CONJUNTURA – Terceiro trimestre de 2003 (INE)

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INE

Organizações Patronais

E que tal um bocadinho de informação estatística? Com alguma regularidade continuarei a destacar estatísticas curisosas divulgadas pelo INE e que em muitos casos não chegam aos jornais.

Organizações Patronais

Os resultados apurados pelo Instituto Nacional de Estatística, referentes ao ano de 2002, revelam a existência de 377 organizações patronais activas em Portugal (351 Associações, 8 Uniões, 12 Federações e 6 Confederações).
(…)
Em 2002 estas instituições promoveram a realização de cerca de 3335 acções de formação profissional, abrangendo 51717 formandos, verificando-se, relativamente a 2001, um acréscimo do número de acções (+470) e do número de formandos (+7527).
As organizações patronais que exercem a sua actividade no âmbito das actividades de comércio por grosso ou a retalho, foram responsáveis pela realização de 51,4% do número total de acções, as quais incidiram, sobretudo, nas temáticas “Empresarial e Profissionalâ€? (…).

in INE