Sobre o discurso de ontem de António Costa, gostei da referência genérica a todo partido e compreendo não ter havido referência particular a Seguro. Fazê-lo exigiria entrar em níveis de hipocrisia que não acho saudáveis porque geradores de um momento claramente inverosímil para todos os que acompanharam a campanha (tendo ou não participado no ato eleitoral).
O discurso final de Seguro foi digno, sim senhor. Já o que fez e disse na campanha, nem de longe, nem de perto, e espero que uma das lições desta campanha para os próximos anos seja precisamente a de que há um caminho de confronto que não é curial nem proveitoso para quem o trilha. E que, no fundo, é profundamente indigno e destrutivo. Felizmente, provou-se, essencialmente, auto-destrutivo.
Dito isto, hoje é um novo dia, há que fazer para todos os que são militante, simpatizantes e eleitores potenciais e continuo a dizer o que dizia há meses em público e em privado: unido o PS pode ser o partido mais competente para governar o país. Como? Com todos os neurónios disponíveis, acarinhando a tarimba política (não sei AVANÇAR sem valorizar o saber acumulado e sem olhar com crítica CONSTRUTIVA sobre o passado coletivo) e combinando-a e equilibrando-a com a audácia dos que procuram além da ortodoxia nacional e internacional a reação sustentável a uma realidade complexa, que seja corretamente interpretada e publicamente exposta de forma a envolver todo o país.
Será por aqui que o PS poderá constituir-se como a melhor opção para os próximos governos do país, guiado pelo serviço aos interesses populares que desde sempre justificaram a sua existência e o seu papel na sociedade portuguesa.
Já temos um bom princípio…