A justificação foi a impossibilidade prática de se formarem coligações.
A consequência primeira será a de que teremos mais candidatos por onde escolher em Lisboa (sem vitimizações, nem outras complicações), desconfiando eu que, neste caso, a competitividade irá beneficiar a qualidade das propostas. Se alguém partir para a arrogância e/ou paternalismo/discurso estafado para retardado será castigado na contenda.
A consequência segunda é a de que a abstenção por efeito da data final a acordar (em meados de Julho, provavelmente) será garantidamente elevada. Um custo acomodável perante a maior salubridade democrática que a nova data permitirá.
Nestas eleições não há vencedores antecipados e desconfio (ando muito desconfiado nestes últimos dias) que poderemos ter mais uma daquelas eleições que poderão confirmar que as marcas partidárias já foram chão que deu uvas. Não façam os partidos um… "upgrade" qualitativo e… levam!
Como disse, fico muito feliz em perspectivar que o grau de exigência que o próprio eleitorado está a promover ao potenciar vários candidatos e candidaturas possa vir a ter consequências pedagógicas em algumas estruturas. Resta saber se o aggiornamento dos partidos se fará a tempo de convencer o número crescente de "livres votantes". Teria muito gosto em ver o PS amadurecer com o seu eleitorado já nestas eleições…
Em mais do que um sentido, a singela decisão do tribunal constitucional reforçou o sentido da democracia. Uma muito boa notícia por estes dias.
Probabilidade do meu voto neste momento:
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António Costa 51%
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Helena Roseta 49%