Se alguém me devesse dinheiro gostava imenso que me pagasse o que lhe tivesse emprestado.

Se não pagasse a bem, dava-lhe um enxerto de porrada, todos os dias até que pagasse.

Se o pagamento continuasse a tardar, ficar-lhe-ia com todos os bens, roupas, empresas, propriedades. Tudo confiscaria para satisfazer uns dias de juros.

Se pedisse mais tempo e ajuda para pôr o negócio da família a render, puxava-lhe a trela e levava-o de rojo até aprender.

Se ainda assim não pagasse o que devia, partia-lhe os dedos um a um, depois as pernas, os braços até que pagasse.

Se o pagamento continuasse por cumprir, levava-lhe os filhos e punha-os os trabalhar nas minhas propriedades de modo a que nunca mais os visse.

Se no final de tudo isto tivesse a cobardia de morrer antes de pagar, havia de lhe cuspir no cadáver e de manter a carcaça em exposição pública para que todos se amedrontassem de repetir tamanho desplante.

Não seria por ser meu irmão que nada disto deixaria de ser mais que justo.

Já se eu quisesse mesmo que ele me pagasse…

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