Quando visitámos a Senhora da Hora [MEP] deparámos com a campanha eleitoral autárquica do PS. Um pouco depois, já no passeio marítimo, perto da Rotunda da Anémona, ainda em Matosinhos, demos com Narciso Miranda, também em Campanha eleitoral para as autárquicas.
Simpaticamente dirigiu-se a Laurinda Alves desejando-lhe felicidades, apostando no sucesso dos movimentos de cidadãos e desejando-lhe que fosse eleita.
O repórter estava lá e tirou o boneco. Esta foi um dos primeiros instantâneos de campanha inesperados que seguramente se repetirão nos próximos 13 dias. O corpinho está moído mas o contacto humano é, de facto, inestimável para quem quer fazer política. É mesmo preciso passar por ele para perceber o seu valor. Vai bem além do beijinho ou aperto de mão de circunstância. E não se faz só de sorrisos e de ouvidos moucos quando o discurso não interessa ou é ofensivo. Muitas vezes, quase sempre, passa precisamente por querer ouvir quem está literalmente desesperado e revoltado com a democracia.
A saudade de Salazar, a quantidade de vezes que ouvi a gente do povo a recusar material de campanha invocando que não sabe ler e o excesso de zelo dos seguranças da Metro do Porto a impedir a distribuição de material de campanha nos cais, foram alguns dos traços mais marcantes dos primeiros dias. Outros passaram pelo voluntarismo com que alguns se nos dirigiram a dar apoio oferecendo mobilização. Tudo isto é importante tudo isto merece reflexão e, acima de tudo, acção positiva.