Publicado no Eleições 2009 do Público:
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Caros colegas de blogues, estimados leitores,
A RTP está a anunciar um debate a realizar na próxima 2ª feira com os 5 cabeças de lista dos partidos com assento no Parlamento Europeu.
Entre as eleições de 2004 e 2009 surgiram dois novos partidos, o MEP (que tem como cabeça de lista Laurinda Alves ), e o MMS que também estão na corrida. A estes junta-se ainda o PPM.
Nenhum deste partidos e seus respectivos cabeças de lista foi convidado como está bom de ver.
Peço-vos o conselho, como deverá reagir o MEP perante este critério da RTP?
Faço-o, não por ingenuidade, mas por achar que este não é um problema do MEP em particular. Alguém me entende?
Na minha opinião pessoal é determinante para o sucesso do MEP ou de qualquer novo partido que surja na democracia portuguesa ter exposição nos media nacionais. É certo que temos andado a correr por fora, percorrendo exaustivamente o país, falando com a imprensa regional e com o máximo de pessoas que conseguimos contactar pelas redes sociais on-line e off -line, talvez seja suficiente para termos uma hipótese de eleger a Laurinda Alves, mas não sejamos ingénuos, este sinal que é dado no primeiro debate sobre as Europeias no canal do Estado diz muito sobre a saúde da nossa democracia e da responsabilidade da nossa comunicação social. nesse estado de coisas. O problema não é de hoje, mas é sem dúvida mais significativo quando se usam os argumentos de ontem (a representação parlamentar histórica) para banir partidos recém nascidos.
Estarei demasiado enviesado por ser “parte interessada”? O que deveriam o MEP, o MMS e também o PPM fazer? E já agora o que acham os representantes dos partidos com assento mais equitativo nos media nacionais que aqui escrevem?
As palavras do José Miguel Júdice vão ecoando ensurdecedoramente por aqui: “Falha de mercado ou barreiras à entrada“.”