A democracia é um estado de espírito
19 de Setembro de 2008 | Emigração, Politica Portuguesa
O Partido Socialista – com o apoio da “esquerda” parlamentar portuguesa – aprovou as modificações ao sistema de voto dos emigrantes portugueses, acabando com o voto por correspondência. Um Estado que nada faz para incrementar a participação política dos cidadãos emigrados – lembre-se, e independentemente da efectiva representatividade do Conselho das Comunidades Portuguesas, o atraso de um ano nas suas eleições e a falta de empenho do Estado na sua realização. Um Estado que agora reduz as condições da participação política dos seus cidadãos. Já esquecido do seu recorrente patois sobre as “novas tecnoclogias”
A democracia é um estado de espírito. Outro.
Notas sobre o assunto também no Arrastão e no jornal Mundo Português
Por um deputado se ganha por um deputado se perde. O PS anda a rapar o tacho ainda a alguma distância das eleições, aumentando assim as probabilidades de ganhar alguns deputados (num máximo de 4 pelos círculos da emigração) que tipicamente caiam para o lado do PSD. Em vez de se multiplicarem e simplificarem as formas de voto recorrendo talvez a novas tecnologias, exige-se voto presencial no consulado “mais próximo”. A democracia é um lugar estranho para este partido socialista. Cada vez mais me convenço que as maiorias absolutas de partido único e a sua prometida estabilidade são algo que devemos dispensar entusiasticamente.
Um grande abraço para o José Pimentel Teixeira, português residente em Moçambique, autor dos primeiros parágrafos deste post, e para os demais portugueses no mundo que ainda se dignam tentar o voto.
Também por isto me empenho numa outra forma de fazer política, começando do zero com o MEP.