Laurinda Alves in “Uma esperança inteligente“:
“Rui Marques, líder do MEP, Movimento Esperança Portugal, escolheu uma das salas laterais do Oceanário, com vidros de alto a baixo rasgados sobre o rio, os passeios de pedra e a ponte lá ao fundo, para apresentar as suas 52 razões de esperança.
O Oceanário foi uma escolha estratégica que Rui começou por justificar. Com o apoio de fotografias aéreas tiradas em anos diferentes na zona da EXPO, explicou de forma muito simples que aquilo que nos anos 90 era uma zona de caos, desarranjo urbanístico, lixo e maus cheiros, acabou por se converter num dos lugares de referência da cidade. Isto porque alguém acreditou que ‘melhor era possível’.
A ideia muito visual e a memória muito fresca de uma transformação àquela escala foi o ponto de partida para Rui Marques enunciar 52 boas razões para acreditarmos que ‘melhor é possível!’, lema do MEP.
Atravessei a cidade para assistir a este encontro e não me arrependi. Muito pelo contrário. É bom ver que alguém está a conseguir pôr a esperança na ordem do dia e na agenda dos políticos, e é um privilégio ouvir pessoas inteligentes a dizer coisas profundas.
Rui Marques convidou várias pessoas a falar neste encontro, todas elas independentes e não filiadas no recém-criado partido, e foi um acontecimento. Carlos Liz, da Apeme, especialista em estudos de mercado e um dos homens que mais insights tem sobre a modernidade, a contemporaneidade e tudo o que se segue ou se anuncia no futuro, foi brilhante na síntese quando disse que “a esperança não é uma abstracção mas uma atitude de construção”.
Nuno Lobo Antunes, neuropediatra e director do Cadin, falou de coração nas mãos, contou histórias reais e comoveu a plateia. Isabel Guerra, socióloga, separou as águas e sublinhou que esperança não é sinónimo de ‘esperar sentado’, sem agir. Muito pelo contrário, é uma vontade de dar passos e de criar futuro.
Nicolau Santos, jornalista, leu um enunciado eloquente daquilo em que nós, portugueses, somos verdadeiramente bons e até inaugurais. Ou, como agora se diz, muito ‘à frente’.
Valeu a pena ter ido ao Oceanário ontem e sinto que vale a pena ficar atenta às mensagens e ao estilo MEP. Não sou do partido mas gostei muito da maneira inteligente como Rui Marques se apresentou e do critério com que escolheu os oradores de um fim de tarde muito cinematográfico. Boa!
(…)”
Laurinda Alves in “Uma esperança inteligente“
15 replies on “"Esperança não é sinónimo de 'esperar sentado'"”
Laurinda Alves é nova e certamente muito bem intencionada.Eu,a caminho dos 53,ainda me lembro das ASDI´S,PRD´S,PND´S e todos os sucedâneos,à esquerda e à direita,que por cá floriram e murcharam.
Também me lembro de Rui Marques,outro bem intencionado,um barco,Timôr no horizonte(até Eanes andou metido na “epopeia”),depois e já próximo da área PS,comissário de mais não sei o quê e cá estamos na etapa movimento cívico-partido-é de-seguida.É um “velho” político,qual Hermínio Martinho do século XXI.
52 boas razões para acreditarmos?? Levo uma de avanço para para não o fazêr.
Sinceras melhoras fernando.
Obrigado,bem gostava,mas sinceramente para este peditório já dei.Vamos vêr,daqui a um ano ou dois,no que deu.
Já agora para que peditório tem contribuído ultimamente, se não é indiscrição?
Olhe,dentro das minhas possibilidades,em voluntariado ligado á Igreja Católica e na área da Saúde,como “paga” agradecida a quem de mim bem tratou, aquando da remoção dum carcinoma da supra-renal esquerda,já lá vão,felizmente(!!!) oito anos.O peditório que referi,como você bem entendeu,foi o do ciclo político/partidário,que encerrei há já bastantes anos,pese embora o esforço dum bom Amigo,já desaparecido,que se chamou Leonardo Ribeiro de Almeida.Que paciência ele tinha(por amizade ao meu Pai,eram amigos de infância) a tentar convencer-me,quando nos encontràvamos na Santarém natal,das virtudes dessas “guerras”…
Meu caro Rui Cerdeira Branco,não se amofine,vou levando a vida,entretenho-me com os meus livros,o Delibes,o Cunqueiro e outros espanhóis da “corda”,gosto de cozinhar,ainda tenho trabalho(!!),uma Mulher que me atura há 25 anos e dois Filhos excelentes,um já formado e a começar a trilhar a vida,outra aluna de quadro de honra numa escola pública,pude fazer mergulho amador e tive a companhia de um milhafre,a escassos metros da ponta da asa do planador,uma vez em Évora,num “enrolar” de uma “térmica”,numa lenta subida com a melhor vista da cidade que se pode imaginar.I had my share, deixe-me lá um pouquinho com a minha rezinguice…
Com amizade
Fernando Antolin
Um forte abraço, se me permite,
Com amizade,
Rui Cerdeira Branco
Claro,não aperte muito aqui do lado esquerdo,nestes dias incertos,a cicatriz “anuncia-se”…:-))
Quando disse ” I had my share”, entenda-se não uma queixa pelos azares,que fazem parte da vida,mas pelo que de bom ela me foi dando.Olhe,nem sabe as saudades que tenho de,faz por esta altura anos,sentado junto ao meu Pai,na arriba do Alto da Vela na Praia de Santa Cruz,cada um a tentar convencer o outro de ter visto o “raio verde” no pôr-do-sol…
Era de tontos,depois falava-se da caça,da pesca ali mesmo em baixo,na Praia da Amoeira,planeava-se o petisco do dia seguinte,isso já não me tiram,agora Partidos?? NNNáááá!!!
Um abraço forte
Fernando Antolin
Gostos são gostos, não é?
um abraço Rui
🙂
Pergunto aos meus botões, por quantos tostões (uops euros) terá ficado a apresentação das “52 razões de esperança” ?
Se fizer mesmo questão de saber posso tentar saber. Quer ajudar a financiar a coisa? É que dinheiros do Estado haverá se e só se viermos a eleger deputados. Ou seja, até lá os custos correm por conta dos militantes, dos cidadãos que queiram contribuir…
Desculpe mas tenho uma espécie de partidite de contacto, o que me obriga a ficar londe dos ditos. Para causas sociais, escolho a dedo e quase sempre o contributo não é monetário.
Há mais vida para lá do dinheiro.
Sim, gostava de saber o custo da sala envidraçada.
Obrigada
Maria
Maria e demais interessado, tenho o grato prazer de vos convidar a passar pela sede do MEP em Lisboa garantindo-lhe que poderá ter acesso às contas, conhecendo, entre outros, o referido número.
Se não estiver em Lisboa será menos fácil, mas já contamos com alguns núcleos pelo país e poderemos tentar resolver a coisa. Diga-nos da sua disponibilidade que se resolve a questão.
Basta um .pdf na net. não precisa de mais incomodos.
A seu tempo será publicado Maria, quando fizermos as contas; não é muito prático andar a colocar na net cada factura. Como mostrou particular interesse e até me pareceu urgência, oferecemos-lhe a alternativa anterior.