O papel está assinado, o compromisso assumido e a vontade no sítio certo.
Sem prejuízo de no futuro entrar em maiores detalhese considerações, mais do que as minhas palavras deixo aqui as de Maria de Assis Swinnerton (que ainda não tive o praze de conhecer pessoalmente). Palavras do texto “Passo a passo” que testemunham o que se está a fazer e o que se fará no MEP por forma a se apresentar um contributo político válido e útil para a comunidade. Reproduzo o texto que pode ser lido no blogue do movimento, o Melhor é possível.
Aproveito ainda para sublinhar que para se constituir como partido político, o Movimento Esperança Portugal precisa de recolher 7.500 assinaturas que deverão ser entregues no Tribunal Constitucional. Poderá contribuir com a sua subscrição para um sistema democrático mais rico, ajudando a alargar o âmbito de escolha dos eleitores portugueses. Note que a sua assinatura não implica qualquer tipo de vínculo ou compromisso com o MEP.
Poderá assinar de imediato seguindo estas indicações. Mais informação sobre o MEP poderá ser encontrado na página do Movimento. Obrigado.
As primeiras reuniões dos grupos dos trabalho são passos importantes. Para organizar ideias, para nos sintonizarmos, para medirmos o tanto que não sabemos, para nos contagiarmos com o entusiasmo desta oportunidade de aprender e para ensaiarmos a melhor forma de levar por diante a nossa tarefa matricial. Acho que ficou claro para todos nós que precisamos da ajuda de especialistas para identificar os textos de referência incontornáveis para as 12 áreas a cruzar com os nossos pilares. O volume da informação relevante transborda em muito a nossa capacidade de assimilação dentro do tempo de que dispomos, pelo que é fundamental distribuir leituras a partir do essencial.
Acho que foi particularmente importante a tomada de consciência da permeabilidade que sempre existe entre objectivos, estratégias e acções consoante o lugar – do micro ao macro – em que nos posicionamos. A importância desta constatação prende-se com a necessidade de salvaguardar a coerência e a consistência das políticas a desenvolver. Parece existir algures um paradoxo recorrente na acção governativa portuguesa. Por um lado, quando analisamos os programas dos sucessivos governos, identificamos alguma consistência numa série de objectivos que permanecem prioritários, independentemente do partido no poder. Mas esta consistência ao nível macro corresponde à identificação dos problemas e à sua permanência… É no plano intermédio, ou seja, ao nível da acção dos organismos do Estado, que a mudança impera, traduzindo-se num eterno recomeço que compromete a resolução dos problemas. Não me parece possível ultrapassar este impasse sem responsabilizar estes organismos pelo conhecimento e avaliação do terreno, dar-lhes voz na análise dos problemas e utilizá-los como intermediários/mediadores no diálogo entre governantes e cidadãos. Uma espécie de pontes de acesso a outras pontes… Muitas vezes quem assume a governação não faz a menor ideia de como se faz o que é preciso fazer. E provavelmente não devia sequer preocupar-se com isso. Devia aproveitar esse recuo, a chamada cabeça fria, para estabelecer prioridades e tomar decisões. E creio que este é o grande desafio que se nos apresenta: saber identificar o que é mais urgente, evitando enunciados generalistas, mas sem caír em especificidades que correspondam a outros patamares de acção e decisão. Fazê-lo seria violar a afirmação da subsidiariedade, ou seja, de uma governação que se organiza de baixo para cima, co-responsabilizando Estado e sociedade civil na construção do bem comum. Daí também a importância de ouvirmos especialistas com anterior experiência governativa, de preferência em instâncias intermédias, pedindo-lhes que partilhem connosco essa experiência: as dificuldades e oportunidades que encontraram, os impactos positivos e negativos dos erros que cometeram e das acções que conseguiram desenvolver, as batalhas inglórias e as bem sucedidas…..
E assim avançaremos, passo a passo….
Maria de Assis Swinnerton “