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Tenham medo de ir a votos, muito medo!

“Uma decisão no sentido da realização de um referendo “poderia desencadear discussões noutros países onde o resultado de um referendo (ao Tratado) não é tão evidente”, sublinhou Janez Jansa [Presidente em Exercício da União Europeia]. “Esta é a minha única razão” para desaconselhar Portugal a realizar um referendo ao Tratado de Lisboa, que substituiu a Constituição Europeia, inviabilizada após a sua rejeição em referendos na França e na Holanda, em 2005, concluiu o primeiro-ministro esloveno.

In Diário Económico.

Perante isto um tipo precisa de uns minutos para se recompor. Quando os políticos temem à luz do dia a opinião dos leitores e fazem da sua volatilidade argumento político… Reformem-se estes políticos!

3 replies on “Tenham medo de ir a votos, muito medo!”

Eu considero que o referendo não se deveria realizar por um simples motivo: trata-se de uma matéria algo complexa – e aqui não estou a passar um atestado de invalidez a ninguém – que devia ser debatida por políticos competentes que é para isso que foram eleitos.

Por outro lado houveram promessas eleitorais onde claramente se incluía a realização do referendo, e neste caso a não realização do mesmo retirará ainda mais credibilidade – se é que ainda resta alguma – à classe política.

Por fim, repulso a cobardia, porque é disso que se trata quando se usa essa argumentação.

Cumprimentos.

Eu considero que o referendo foi feito complexo intencionalmente por político competentíssimos (a fazer coisas indecifráveis) que julgam que é para isso que foram eleitos.

Por outro lado, houve uma promessa eleitoral explícita de se referendar o tratado europeu (então designado de constituição) e só passando um atestado de invalidez aos eleitores é que agora se pode dizer que a promesa recaiu sobre um documento substancialmente diferente.

Um dia, estas sucessivas fugas a referendar qualquer coisa que remotamente implique avaliar directamente a nossa participação no projecto europeu vai sair-nos caro. Num dia de desânimo vai ser mais fácil colar com populismo um ferrete anti-democrático à “Europa”.

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