O mundo possível e desejável não será aquele em que ninguém poderá contar anedotas sobre ninguém. Somos intrinsecamente ridículos e adoramos rir-nos ao espelho.
O caminho é percebermos que nos estamos a rir de nós próprios e não do “outro”. O outro não existe.
Até chegarmos aqui ainda há muito a penar, mas dá muito jeito que haja gente a apontar o caminho no meio de tanto sofrimento, militância, leviandade e dedo em riste. O caminho é este: o outro não existe mesmo.
Nesse dia um bar onde só possam entrar gays será tão absurdo quanto um bar onde só possam entrar heteros.
Um abraço especial para o Francisco (ler no JN) e para o vizinho Miguel.
P.S.: depois de ler o texto do Miguel fiquei a pensar na “beata”, aquela figurinha que papa missas.
ADENDA: estes temas são profícuos em reacções de entre as que li destaco a do Daniel Oliveira. Parece-me um bom ponto para que a conversa prossiga até bom porto. Vejamos se há “troco” à altura.