Através do Luís Novaes Tito que lá vai arranjando tempo para procurar nova gente e/ou outras paragens na blogoesfera chego ao Lobi. Como não poderia deixar de ser destaco o não essencial, destaco o humor mais ou menos primário que por lá se le, como seja este "Cimeira informal – A ministra com pára-raios".
Month: October 2007
TubarãoEsquilo – O primeiro ano
O destaque: “(…)Se comentar em público a cor das minhas cuecas dá dinheiro a outrem (a quem coloca por aí os anúncios que os vendedores de cuecas querem enfiar junto do meu post), porque não hei-de ganhar também para comprar umas cuecas novas? É esse passo que estamos a dar e outro ainda mais ousado: controlar directamente quem, como e por quanto pode e deve anunciar os seus produtos junto do que escrevo, fotografo ou filmo? (…)”
Agora que a TubarãoEsquilo completou já um ano de antiguidade é altura de fazer um balanço e apresentar alguns números.
Pegando nos últimos 10 meses, mais concretamente no ano de 2007, sublinhamos os seguintes aspectos:
– As visitas a blogues da rede aumentaram em todos os meses, excepto em Agosto, representando um ritmo de crescimento médio mensal superior a 14%;
– Desde o início do ano o número de páginas servidas (com e sem anúncios) mais do que triplicou preparando-se para ultrapassar as 650 000 com anúncios num único mês;
– As receitas por cada milhar de páginas aumentaram em 9 dos 10 meses (a excepção foi Maio) registando um crescimento de 75% desde o início do ano;
– O último mês com dados definitivos, Setembro, registou o segundo crescimento mensal de tráfego mais elevado, preparando-se para ser batido pelo mês de Outubro, segundo a estimativa feita a 24 de Outubro.
Estes dados não estão calibrados pelas entradas de blogues que foram acontecendo ao longo do ano mas atestam o volume, a dimensão e o ganho de valor da rede.
Em suma: tráfego crescente, a aproximar-se do ritmo exponencial nos últimos meses, e a publicidade com valor/retorno crescente para idênticos lotes de exposição (milhar de visualzações) são inegáveis e um forte estímulo para o futuro.
A TubarãoEsquilo conta com mais de 30 blogues activos e continua a crescer organicamente e através de “aquisições – sempre quis escrever isto J.
Na rede convivem ambições semi-profissionalizando com desejos de sustentabilidade da despesa corrente e, fundamentalmente, com o gozo de blogar.
Blogar como sempre mas também estar atento a novas possibilidades de comunicação e de interacção sem virar as costas ao negócio de que tipicamente o blogger foi e é o último a receber retorno financeiro.
Se comentar em público a cor das minhas cuecas dá dinheiro a outrem (a quem coloca por aí os anúncios que os vendedores de cuecas querem enfiar junto do meu post), porque não hei-de ganhar também para comprar umas cuecas novas? É esse passo que estamos a dar e outro ainda mais ousado: controlar directamente quem, como e por quanto pode e deve anunciar os seus produtos junto do que escrevo, fotografo ou filmo? Reduzir a intermediação e os níveis de dependência face aos todo-poderosos colossos da publicidade e do encaminhamento de cibernautas internacionais (vulgo motores de busca) é esse passo ambicioso adicional. De caminho bloguemos, sem fundamentalismos de qualquer parte, com publicidade e sem ela.
A TubarãoEsquilo terá novos projectos, alguns de renome na blogoesfera lusa (os AspirinaB fieis à não monetização estão por aqui desde o início da semana neste projecto português) e outros se seguirão com políticas distintas, nesta rede que procura criar condições para que o blogger possa escolher como proceder em termos comerciais e até onde quer ir em termos de integração de conteúdos com a restante comunidade.
O desafio está por aí, os anunciantes lusos começam a aparecer, novas formas de publicidade e de comunicação estão a surgir literalmente em cada dia, o interesse é inegável, o caminho vai-se fazendo.
Aos leitores o nosso obrigado, aos anunciantes votos de muito sucesso conjunto connosco. Bem hajam.
Faltou um bocadinho assim
A falta que fez São Polga. Que ele esteja no altar no jogo em Alvalade.
E que em Braga a feridas já estejam lambidas.
Anda o amigo Francisco a passar pelo trauma suburbano de não se conseguir livrar da publicidade indesejada na caixa do correio (e que maravilha ficar com restos de cola a decorar a caixa, imagino), tudo sob o patrocínio do Jornal da Região – ironia das ironias tive meia família a ir no mesmo dia buscar o nem sempre milagroso autocolante do Instituto do Consumidor e há lá por casa cromos desses a rodos para dar e oferecer – quando por aqui me decido a abordar outro tipo de correio e publicidade.
Se é bem verdade que nunca abandonei o serviço de e-mail do Yahoo (e seguramente não o farei) é também certo que me rendi às maravilhas do google, nomeadamente ao seu serviço de correio, ao motor de busca e ao serviço de publicidade – este blogue é servido pelo adsense. Não quer isto dizer que ache confortável assim que escreva a palavra "comer" num e-mail me apareçam anúncios de restaurantes ou que me recomendem o investigador Zé Gato pouco depois de ter escrito "desconfio que o Alegário Benquerença tal e tal". É uma questão não resolvida mas por enquanto convivo com ela.
Se ao nível do e-mail o google tem uma grande quota de mercado internacional, ao nível dos motores de buscas e da publicidade na net o Google é rei e senhor e com isso tem um poder que me assusta.
Tem o poder, por exemplo, de se recusar a indexar ou a mandar para as calendas da indexação alguns dos concorrentes que lhe possam fazer frente noutras áreas de negócios como sejam a publicidade. Há poucos dias instalei no Adufe um serviço de publicidade (que ainda está em testes) que concorre directamente com os anúncios do Google-Adsense, chama-se Widget Bucks e remunera por cada clique que alguém faça num anúncio sendo essa remuneração variável e podendo ir de míseros cêntimos de dólar a um dolar inteiro ou pouco mais. Em tudo idêntico ao adsense. Acresce ainda outra semelhança: os anúcios podem ser ajustados ao conteúdo por parte do editor da página onde se colocam os anúncios ou pode deixar-se ao critério do robot do Widget = adsense.
Fazendo uma busca no google, o widget bucks aparece inúmeras vezes referido, mas sempre por vias como esta: num artigo alheio. Descobrir a morada do dito cujo é que é complicado. Fiz-me afiliado e para já acho piada ao serviço. É ainda cedo para perceber se compensa financeiramente ou se é do agrado dos leitores mas por aqui há sempre uma simpatia especial anti-monopolista.
No entretanto, os publicitários e anunciantes nacionais continuam a dormir e a seguir o caminho fácil de entregar ao google quase tudo o que é anúncios. Já experimentaram pedir um orçamento, aqui, na Rede TubarãoEsquilo? Até lá, vamos fazendo pela vida para pagar servidores, manutenção, contas da electricidade e largura de banda. E pelo caminho vamos até tomando umas Aspirinas B (Bem vindos!).
Haja um referendo porque SIM (rev.)
Escreve Vital Moreira:
"Os que defendem o referendo sobre o Tratado de Lisboa já experimentaram lê-lo? E acham que algum cidadão comum consegue passar da segunda página?
Não será tempo de deixar de brincar aos referendos?"
E eu pergunto-lhe: a constituição europeia que tantos partidos e políticos garantiram vir a referendar, era mais clara e menos extensa que o Tratado de Lisboa?
Ou ainda outra pergunta que me assalta:
Porque é que de uma ideia de construção simbólica na forma de uma constituição com que nos pudessemos identificar (tipicamente um documento singelo) se optou por vários tomos legalistas tanto na versão final da Constituição como deste tratado?

Para cúmulo serve essa complexidade agora de pretexto para desvalorizar e ridicularizar o exercício político por via referendária.
O caminho que cegamente se trilha levará invariavelmente a um "Fiquem lá com a Europa que nós vamos por outro lado."
Outra pergunta procurando ser mais linear se possível:
Com o actual enquadramento histório e constitucional, quando e como é que alguma vez nos pronunciaremos directamente sobre o compromisso europeu? Quando teremos oportunidade de, sem mais ruído, votar directamente no espírito europeu? É triste mas chegámos a um ponto em que a pergunta concreta pouco importa, importa perguntar e responder. A pergunta já todos a temos na cabeça desde meados dos anos 70, se tivermos idade para isso, ou desde meados dos anos 80, ou mesmo desde meados dos anos 90. Nunca foi oportuno, nunca foi relevante, porquê?
Os compromissos assumidos recentemente por quase todas as forças partidárias cavalgaram a sensação de parte da população em querer exercer o voto, reforçar (ou recusar) a identificação com o projecto europeu. Hoje surgem no horizonte com crescente frequência, perdoe-me a franqueza, disparates disfarçados de paternalismo como o que Vital Moreira produziu.
Haja referendo porque SIM é cada vez mais uma excelente razão. Tão boa como porque NÃO. Legítimas e importantíssimas (via OdE). Não dá para perceber isso?
Sporting: pelo sinal da santa cruz
Receber um clube da terra dos milagres no estádio da cruz de cristo era esta a pedi-las.
Ir de seguida a Roma é de mestre! Amen?
Em todo o caso, paguemos a penitência. Nós por cá não vamos muito pela justiça divina.
Preocupações elitistas
A pergunta que se segue, antecipada e enquadrada pelo João Pedro Henriques: "Qual o limite de promessas para um Governo não cumprir?". A ler, no Glória Fácil.
"un espejo sobre otro espejo"
"Los servicios de seguridad españoles abortaron un intento de espionaje al presidente del Gobierno durante una visita oficial a Venezuela en 2005, según confirmaron fuentes oficiales. Horas antes de la reunión que José Luis Rodríguez Zapatero mantuvo con la oposición al presidente Hugo Chávez, agentes del palacio de la Moncloa descubrieron un micrófono oculto en la sala del Hotel Meliá Caracas. En ese lugar el presidente español se reunió a puerta cerrada con los dirigentes de los principales partidos opositores a Chávez.
(…) ¿Se vigila y espía a los miembros de la oposición a Chávez? Varios de los asistentes al encuentro con Zapatero cuentan ahora experiencias y sensaciones similares. El más rotundo es Julio Borges, de 37 años, presidente del partido Primero Justicia. "No sólo se espía a la oposición sino al propio Gobierno, es como un espejo sobre otro espejo. Incluso se cuenta con la ayuda de los servicios de inteligencia cubanos que también trabajan en Venezuela. Con el Gobierno de Fidel Castro no sólo hay programas sociales y educativos, también los hay de inteligencia. Le aseguro que está conversación telefónica que mantenemos usted y yo está siendo grabada. En programas de las televisiones públicas se emiten conversaciones privadas grabadas sin autorización judicial para desenmascarar a supuestos traidores. Quieren extender el miedo". (…)"
in El País (Via A Origem das Espécies).
«Penso que tenho um telefone sob escuta. Às vezes faz uns barulhos esquisitos» afirmou o Procurador Geral da República.
Perante isto o que pode um comum mortal? Como interpretar, como digerir, como enquadrar, como defender a República e o Estado de direito democrático? Está tudo em causa? O homem é um perigoso suspeito para o regular funcionamento das instituições democráticas? Sofre de paranóia? Está efectivamente a ser controlado?
Não sei o que será pior, ou melhor, até sei. Espero sinceramente que o senhor esteja muito doente, ou, em desespero de causa, que seja um viscoso malandro que todos enganou até hoje, para nosso mal menor. Mas de que servem estas preces perante a dúvida?
Esta não é uma questão de fé, nem de ouvido.
Clique.
Adenda: José Medeiros Ferreira com excelente memória lembra a propósito:
"(…) O escândalo vem sobretudo do PGR ter assinalado uns ruidos esquisitos no seu telemóvel.Ora foi há tempos notícia um caso de microfones no próprio gabinete do PGR, e ainda hoje não se sabe cá fora quem os colocou.Por essa história ninguém pergunta…Bendita indignação que tudo quer calar!"
A ler, no Klepsydra
A ler no Klepsydra: "As asneiras do Rui Moura, do João Miranda e do Insurgente.".