Categories
Economia

Já colocou roupa velha no contentor?

Já colocou roupa velha no contentor que está perto do ecoponto, à porta do supermercado ou da Igreja?  

Então vale a pena ler as reportagens e entrevistas que hoje surgem no Portugal Diário sobre esse negócio obscuro de consequências nefastas e que se encontra correntemente na justiça Dinamarquesa. Fica um excerto e a ligação para o portal que tem investigado e denunciado o caso, o TVind Alert:

"(…) Michael Durham, o jornalista inglês que há vários anos investiga os negócios da TVIND, explicou ao PortugalDiário como funciona a estratégia do Teachers Group: o objectivo é vender roupas para obter dinheiro para o TG, o grupo de líderes da TVIND. A roupa é vendida para várias companhias, da própria organização, sedeadas em paraísos fiscais. O lucro é, assim, não declarado e o dinheiro vai parar a uma conta off-shore, em locais como as ilhas Caimão.

Mas além da evasão fiscal e fraude – cujos processos correm nos tribunais dinamarqueses – a venda de roupa tem efeitos mais perversos. Quando vendida em países africanos, como Angola e Moçambique, a preços baixos – recorde-se que os voluntários são mão-de-obra barata – acabam por arruinar os mercados têxteis incipientes nesses países.

Em Portugal, a actividade desta organização cobre as três áreas principais já observadas noutros países: recolha de roupa usada, recrutamento de voluntários para países lusófonos, e relações comerciais com empresas."

6 replies on “Já colocou roupa velha no contentor?”

Descobri isso há bastante tempo, com uma reportagem da BBC que passou num canal qualquer. A partir daí passei a levar a roupa à cruz vermelha. Dá mais trabalho, mas parece que não fazem negócios escuros.

Também já tinha lido em tempos um artigo e na altura até houve alguma polémica mas o que é certo é que depois de os contentores terem desaparecido de alguns locais que frequentava recentemente voltaram à carga.

Já agora, acrescento esta informação. Em Munique há imensos contentores deste género, não sei se pertencem a essa associação ou a outras. Normalmente vêm com autocolantes que ameaçam multar quem se atrever a retirar alguma coisa de dentro do contentor, e um número de telefone de contacto para quem quiser saber qual o fim dado à roupa e sapatos. Não sei se em todos os casos, mas pelo menos em alguns, estes telefones estão desactivados, pelo que não servem para nada. Contactar a câmara municipal para pedir informações acerca dos contentores resulta em que esses contentores são retirados, pois não têm autoriização para estarem na via pública. No entanto, isso de pouco serve – mais tarde novos contentores serão colocados no mesmo sítio, e apesar de as pessoas gostarem de chamar a polícia e terem tudo segundo as regras do que em Portugal, parece-me que a maioria das pessoas não faz ideia do negócio que por ali vai.

Eu entrego-a na AMI, junto à rotunda das Olaias. De certeza que é bem encaminhada.

AMI, Cruz Vermelha – liga-se para lá a perguntar se lá podemos ir deixar roupa, fazem-se de esquisitos, que não querem.
Depois ouvem-se histórias de que a roupa que se dá é distrubuída de qualquer maneira e que quem a recebe a usa uma vez e deita fora, não precisa de a lavar porque pode ir buscar mais.

Exército de Salvação – Lisboa, Colares- sens fins lucrativos e entrega directa aos sem abrigo e pessoas necessitadas a custo zero. Em alguns pontos do País acompanhado com a doação de alimentos.

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.