Através do Blogouve-se, blogue do jornalista João Paulo Meneses, chego ao texto integral do Acordo do Tribunal Colectivo do Círculo Judicial de Tomar (Tribunal de Torres Novas) sobre o caso Esmeralda – o caso da menina de 5 anos adoptada que tem ocupado os media e que vem provocando um levantamento popular de solidariedade para com o casal que a tem criado desde os 3 meses.
Lendo o resumo do caso aí disponibilizado, confesso que fico estupefacto com o que tem vindo a público em forma de notícia. Parece-me que estamos perante um terrível caso em que os intermediários (os jornalistas) têm prestado um péssimo serviço informativo. No mínimo, a opinião que formo sobre o caso após a leitura do acordão é muito menos nítida e exacerbada do que aquela que as notícias públicas me têm sugerido e têm potenciado.
Sem mais comentários, recomendo-vos vivamente a avaliarem por vós: leiam o resumo do caso segundo foi apurado nos tribunais.
Adenda: recomendo ainda a leitura deste artigo – "O Caso Esmeralda" – publicado no Há Mouro na Costa onde uma leitora deixa algumas perguntas muito pertinentes que parecem não ter (co)movido nenhum jornalista antes de entrar na carneirada geral, na qual reconheço, estive na iminência de colaborar. É por estas e por outras que se desvaloriza cada vez mais o papel do intermediário clássico; resta o consolo de ter sido um Jornalista no seu blogue a atrever-se a expôr matéria de facto que justifica reflexão.