A Lusa fez as contas (via Jornal de Negócios) que por aqui se confirmam com o acrecento da taxa de variação em cadeia (+1,1%).
Precisamos de um crescimento homólogo no 4º trimestre de 2,2% para garantir que se atinja a previsão de 1,4% prevista e hoje reafirmada pelo Ministro das Finanças para o ano completo de 2006.
Acontece que no 4º trimestre não haverá nenhum efeito de base. Por outras palavras, o 3º trimestre de 2005 com o qual se comparou o 3º deste ano (obtendo assim a taxa de variação homóloga), foi muito "fraco" devido à antecipação de compras provocada pelo aumento do IVA. Esta antecipação levou à concentração de consumo privado no 1º semestre de 2005 em prejuizo da evolução do PIB durante, particularmente, o 3º trimestre de 2005. Ou seja, em condições normais (que são as do corrente ano) só se a economia estivesse muito mal é que não teríamos uma crescimento homólogo significativo durante o 3º trimestre. De facto, as coisas não estão muito mal, mas também não estarão muito boas, pois a produção nacional no 3º trimestre foi inferior à registada entre Abril e Junho – a tal taxa de variação em cadeia ligeiramente negativa anunciada pelo INE.
O que esperar do 4º trimestre? Continue a ler aqui.