Publico um comentário que deixei ao Bruno no Avatares de Um Desejo a propósito desta sua prosa:
A intencionalidade a que julgo se referirem os visados [JPP e Tiago Barbosa Ribeiro] existiria se a resposta à seguinte afirmação fosse positiva:
Israel sabia que o prédio estava repleto de crianças e suas mães, sabia que não havia por lá nenhum alvo militar e elegeu-o por isso para ser destruido?
Eu não tenho condições para responder à pergunta nem num sentido, nem noutro. Sei que Israel não releva ou não tem relevado nas suas opções militares o risco de provocar vítimas entre os civis, mas daí a afirmar que Israel tem intencionalidade em visar especificamente os civis parece-me uma afirmação que, apesar de Canaã, merece ser fundamentada.
O mais básico conhecimento militar também nos diz que entre um massacre premeditado de civis e uma má informação da inteligência militar vai uma curta distância. Mas vai uma distância.
E tendo dito isto remeto-me para os dois últimos parágrafos do post "Impulso" que escrevi no Sábado.