Agora que a opção da energia nuclear é já um assunto pop (a avaliar pela quantidade de editoriais e artigos de opinião que vai produzindo) é com gosto que encontro na página 14 do novíssimo suplemento diário do DN uma notícia sobre uma empresa que já vai para lá da discussão.

Era bom que houvesse mais notícias como esta, sem prejuizo de irmos sedimentando posições sobre outras alternativas. Deixo-vos alguns excertos seleccionados recomendando a leitura do artigo.

"A Sunergy, empresa dedicada à produção e comercialização de biocombustíveis, vai abrir uma fábrica em Sintra, iniciando um plano de crescimento agressivo no sector das energias renováveis. O investimento inicial ronda o milhão de euros, mas nos próximos cinco anos devem ser injectados perto de 50 milhões de euros, disse ao DN Peter IJzerman, administrador da empresa. O projecto vai iniciar com o biodiesel, mas o objectivo é alargar as tecnologias à exploração da energia das ondas, álcool (metanol) e biomassa. (…)

A primeira unidade irá produzir 5000 toneladas de biodiesel em Maio, o máximo da sua capacidade produtiva, mas a Sunergy prevê " investir 20 milhões de euros no alargamento da produção", nomeadamente em Sintra onde a mesma pode subir às 50 mil toneladas.

A Sunergy justificou o conservadorismo desta etapa com o enquadramento jurídico e fiscal, em vias de ser alterado já em Janeiro. "Estamos à espera que o Governo aprove a isenção do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) para a produção de biodiesel. Depois disso, podemos expandir o nosso investimento", explicou Peter IJzerman. (…) "Estamos a estudar novas oportunidades e tecnologias além do biodiesel. Portugal é o segundo país da Europa com melhores condições para explorar a energia das ondas", frisou. Um relatório da Comissão Europeia revela mesmo que Portugal poderá satisfazer 60% das suas necessidades energéticas através do mar.

É nesse sentido que a Sunergy quer caminhar, prevendo terminar negociar em breve uma
joint-venture com uma empresa. Se a parceria se concretizar, "prevemos investir 30 milhões de euros nos próximos 5 anos", disse o responsável. Um objectivo a que se deve aliar a construção de uma fábrica de metanol. (…)"

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