1. Hoje temos uma farturinha de notícias (veja-se o suplemento de Economia do DN, por exemplo) relacionadas com Energia, desde a exploração do Urânio, à BioMassa, passando pela instalação de uma fábrica de pilhas de combustível, pela legislação, fiscal e não só, promotora de (alguma) eficiência energética e pela pesada herança ambiental (e quase ignorada) relativa às explorações de urânio (antigas e em reserva) existente em território nacional.
  2. No Jornal de Negócios o assunto chega a Editorial. Sérgio Figueiredo faz a síntese de mais e menos valias da nossa história nesta matéria. Convém reter algumas das suas palavras, em maior ou menor grau assentam-nos a todos:  


" (…) O «pacotão» que hoje, com pompa e circunstância, será apresentado para as energias renováveis é dos contributos mais relevantes que o país vai conhecer no combate ao seu défice estrutural de energia.

Não dá para deslumbrar, porque a questão energética não começa numa pá das eólicas, nem termina num painel solar em cima de um prédio.

O país, mesmo que este ambicioso plano produza os resultados esperados, continuará a importar todo o petróleo que necessita. E esta necessidade continuará a representar 60% da energia que consumimos. As renováveis, como a nuclear, só de raspão tocam na dependência petrolífera e na riqueza que, por esta via, transferimos para os países produtores. Coisa pouca, dava para construir um aeroporto da Ota todos os anos.

E em matéria de eficiência, os interesses imobiliários prevalecem. Vamos transpor directivas europeias. Ou seja, a desperdiçar o dobro dos outros. 2,5 mil milhões de euros inutilizados por ano. O suficiente para pagar o TGV, antes até de ele estar construído.

Quando se fala em perda de competitividade no abstracto, é neste tipo de facturas que pagamos o nosso atraso no concreto."

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