Não consigo perceber! Mas será que alguém de boa fé e/ou com um mínimo de reflexão sobre o assunto pode achar que vale a pena discutir a sugestão de uma nova Secretaria de Estado inteirinha, com um homem de lista na mão, a acompanhar o investimento directo estrangeiro? Esperava que os apoiantes de Cavaco (por quase todas as razões) deixassem cair o assunto, mas afinal…
Uma vez que anda no ar essa constatação de "não discussão" como se fosse um argumento favorável à proposta de Cavaco, relembro que o Gabriel Silva e o L. Aguiar-Conraria deram respostas lapidares, centrando-se em argumentos particularmente caros à malta de direita (e não só).
Acrescento apenas que há objectivos cuja prossecução vê a probabilidade de sucesso reduzirem-se na directa medida em que as "soluções" são expostas publicamente, é também assim em quase todo o processo de trabalho da diplomacia económica. Aumente-se a acutilância e empenho nesse campo diplomático ao nível do Governo, se for caso disso (não consigo medir se a que existe é suficiente!), mas evitemos a tentação de arranjar mais um elemento que, ou se terá de apresentar como uma espécie de procurador público, guarda avançado do longo braço da lei (alguém imagina o investimento estrangeiro a afluir se o tal SE de lista na mão se apresentar como controleiro?) ou não passará daquilo que o Gabriel e o Aguiar-Conraria vaticinam.
Adenda: a ler também "As secretarias corporativas de Cavaco" no BlogoExisto.