Quanto custa a Prossegur e a Securitas? E quantos motoristas andam há anos a coçar a micose por falta de trabalho nos respectivos ministérios, direcções e institutos?
As medidas anunciadas pelo Governo para conter a despesa na função pública são as indicadas? Com o actual estatuto do funcionalismo, acho que não se consegue ir muito mais longe. Mas há uma série de gastos absurdos que podem ser reduzidos, a começar pelo outsourcing (contratação de serviços externos). Criaram-se uma série de institutos paralelos às direcções-gerais (supostamente para ganhar flexibilidade de gestão e contratar pessoal mais qualificado) e, não contentes com isso, são os próprios institutos a contratar serviços externos. Isto acontece na informática, nos serviços de vigilância, na manutenção de edifícios, na formação. Tudo isto pode ser feito com os recursos humanos da função pública. Pode criar-se uma central de serviços de vigilância, por exemplo, dando formação a pessoal como contínuos, por exemplo, e motoristas em excesso.
Entrevista no Diário de Notícias a Carlos Pereira da Silva