Antes dos finalmentes no teatrinho da defesa do amestranço… O IRS. Hoje está um bom Domingo para lhe tratar da saúde.
Fazer a simulação do dever e haver no software das finanças é sempre experimentar uma micro sensação de ganhar o totoloto. Não há nada como gerir as expectativas para enganar os neurónios da razão.

Preferia receber os tostanitos ao longo dos meses, à medida que o rendimento vai pingando e financiar o Estado (se me aprouvesse) com títulos da dívida pública, por exemplo, mas enfim, haja quem tenha coragem para inverter a realidade cada vez mais virtual da retenção na fonte.
E que tal poder escolher? Ter uma caixinha qualquer onde poder pôr, ou não, um visto: “Sim, quero ter a falsa sensação de receber uma pipa de massa caída do céu a meio do ano que me impõe uma poupança forçada” ou “Não, eu acho que sou muito bom a gerir activos financeiros e beneficio muito mais com a recepção do rendimento mensualizado do que por atacado, uma vez no ano, com um desfasamento de meses“.
Outras justificações haveria bem menos prosaicas para defender a redução da dimensão dos acertos anuais de IRS retido mas que se lixe, afinal, hoje é Domingo!

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