Aos poucos vão-se criando condições para o PS de Sócrates ir um pouco além da demagogia eleitoral ainda durante a campanha. O “drama” existe e é grave, seguramente poderia ficar pior, bastava que tudo continuasse como antes da queda da Assembleia da República…

Fará Sócrates o que não fez Guterres em 1995? Diga que vai doer, que tem que doer. Garanta que não afligirá de novo os mesmos, sempre os mesmos, mas também ainda os mesmos. Explique como.
Constâncio esclareceu que o que se sofreu contribuiu muito pouco para um futuro melhor. Talvez até tenha dito que nos afastou do bom caminho – só ouve e vê quem quer.
Com as palavras certas, o realismo do que tem de ser perante o populismo dos desacreditados poderia também ser fogo em mato seco a caminho de primeira maioria.
Falta aproveitar a oportunidade de perceber que as novas fronteiras são, de facto, velhos desafios sempre olhados de esguelha.
Pequenos passos… Não é preciso que queira muito José Sócrates, basta que queira bem. Por estes dias isso já será uma grande coisa.

P.S.: Como bem lembra Vital Moreira, o BE ajudou hoje mais um bocadinho, responsabilizando ainda mais quem pensar que é indiferente o partido desde que se vote à esquerda.

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