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Política

Alberto João Jardim para PM já! – Republicado

Publicado inicialmente a 26 de Junho de 2004. Com ligeiríssimas adaptações temporais, mantenho tudo o que escrevi. Recapitulando:

Temos uma coligação sólida, sufragada enquanto tal, constituída por figuras políticas fortes, altamente identificadas com um projecto homogéneo e determinado na governação do país? Eu digo que não, mas podem assobiar para o ar e discordar, naturalmente. Contudo existem mais argumentos em defesa de eleições antecipadas.

Aquele que chamam agora o número dois do partido foi o principal opositor à linha política que venceu o congresso do PSD, que designou o candidato a Primeiro Ministro e que determinou o programa de governo. O número dois do PSD não está sequer no governo, vai ser ele agora a respeitar o programa eleitoral de 2002? Alguém acredita que perante a perspectiva de ir a eleições e perder o poder os deputados da maioria vão votar no parlamento de acordo com o interesse nacional e de acordo com as premissas políticas (ideias, projectos, compromissos assumidos) que os levaram ao parlamento? Respeitaram a vontade dos órgãos internos dos partidos que venham agora a ser tomadas e não os compromissos porque foram eleitos. Com este regime político, com estes deputados e com a “disciplina partidária” o parlamento sustenta muito mal em situações anormais o elan de legitimidade que deveria ter durante a legislatura.

Pedro Santana Lopes pode ser agora legitimado pela estrutura do partido, mas está legitimado democraticamente? Conseguirá fazer mais do que gestão corrente nos 21 meses de legislatura que faltam? Os resultados de 2002 teriam sido os mesmo com Santana Lopes versus Ferro Rodrigues? Admitamos que a haver nomeação de um novo Primeiro Ministro não será Santana Lopes, nem Alberto João Jardim (porque não?).

Pois é, elegemos deputados mas em momentos absolutamente singulares (passou pela cabeça de alguém quando foi votar a perspectiva de estar a votar num programa/primeiro ministro para meia legislatura?) o Presidente da República deve avaliar objectivamente o que é melhor para a governação do país. A eventual saída do Primeiro Ministro no contexto actual – segunda metade da legislatura, forte impopularidade do governo, publicas e crescentes divergências entre os membros da coligação, elevada probabilidade de uma significativa remodelação a curto prazo – e a tentativa de levar a legislatura até ao fim não oferece garantias absolutamente nenhumas de governabilidade.
É sobre este diagnóstico que o PR deve decidir o que fazer. Admito que noutro contexto perante uma saída do PM a sua decisão pudesse ser outra. Por definição, deve-se defender o cumprimento da legislatura, um princípio que deve tentar pautar a actuação do Primeiro Ministro e do Presidente da República, mas não a todo o custo ou em todas as condições. Também para isso temos um regime semi-presidencialista onde temos um órgão de estado uninominal efectivamente eleito pelos portugueses.

Nestas condições parece-me obviamente mais vantajosa a ida a eleições para termos, de facto, a legitimação inequívoca e objectivamente necessária de um começo ou recomeço. Sendo uma tarefa difícil, havendo engenho e arte – já aqui disse por diversas vezes que o PS já deveria ter avançado para a consolidação da sua proposta de governo – e com inequívoca determinação, os partidos políticos têm condições de a tempo de eleições (que poderão ser marcadas dentro de alguns meses – Outubro?) apresentar alternativas de governação.
Eu quero ser ouvido.

4 replies on “Alberto João Jardim para PM já! – Republicado”

Embora concorde com o que escreveu (que aliás tem um certo quê de premonitório), não quero deixar de notar que, se tivessemos ido para eleições em Outubro, o mais provável primeiro-ministro neste momento seria Ferro Rodrigues… Creio que a análise do PR se estendeu também à oposição, tendo isso pesado na sua decisão.

Sampaio escreveu direito por linhas tortas.

Nestes dois anos e meio tivemos o governo mais fascista do pós 25 de Abril de 1974.
Os futuros governantes eleitos por nós devem de ter em conta que estão no poder para governar Portugal e não os seus interesses pessoais.

O Sr Alberto João Jardim, afirma que a formação de um bloco centrista, “…só por cima do meu cadáver…”
TERIA IMENSO GOSTO EM CUMPRIR ESSE DESEJO, porque “ANIMAIS” como esse Sr. só abatidos à queima roupa sem quaisquer problemas de consciência.
QUER ESSE INERGÚMENO A INDEPENDÊNCIA DA MADEIRA?
POIS QUE A TENHA E QUE LHE SEJA CORTADA TODA E QUALQUER RELAÇÃO POLITICO/COMERCIAL COM UM PAÃ?S AO QUAL AINDA ME ORGULHO DE PERTENÇER QUE É PORTUGAL.
ESSA “BESTA” QUE GOVERNA DITATORIALMENTE A MADEIRA, PROMOVE A PEDOFILIA E A FUGA AO FISCO AO MANTER A MADEIRA NA ROTA DOS PEDÓFILOS INTERNACIONALMENTE E PROTEGE “OFFSHORES” CONSTITUÃ?DAS POR DINHEIRO SUJO E ILEGAL.

ESSE “CAPPO” DA MAFIA SE A JUSTIÇA EM PORTUGAL FUNCIONASSE MESMO, HÃ? MUITO QUE ESTARIA EM VALE DE JUDEUS OU NOUTRA PENITENCIÃ?RIA DE SEGURANÇA MÃ?XIMA.

NÃO TEMO ESSE SABUJO, AGORA HAVER GENTE, SE ESSE NOME LHES É DIGNO DE CHAMAR, ASSIM, GENTE, CAPAZ DE SEQUER PONDERAR A CANDIDATURA DESSA ABERRAÇÃO GENÉTICA Ã? PRESIDÊNCIA DE PORTUGAL!….PELO AMOR DE TUDO O QUE É DIVINO, POUPEM O QUE RESTA DE BRIO NA ALMA DOS PORTUGUESES E DE PORTUGAL, MAS NEM SE ATREVAM A PROMOVER TAL ABERRAÇÃO.

GENTES DE PORTUGAL, SE REALMENTE TENDES ORGULHO NO VOSSO PAÃ?S, CHEGOU A ALTURA DE LEVANTAR A NOSSA VOZ E ACABAR DE VEZ COM AS ABERRAÇÕES POLÃ?TICAS DO NOSSO QUOTIDIANO, CHEGA DE SERMOS OVELHAS E PASSEMOS A LOBOS, ESFAIMADOS DE JUSTIÇA E AMOR PELO QUE É NACIONAL, SE ESSA ESCUMALHA DA MADEIRA NOS ACUSA DE TERMOS BAIXA PRODUTIVIDADE É PORQUE INERGÚMENOS COMO ESSES QUE TAL AFIRMAM, NOS ROUBAM DESCARADAMENTE UM FUTURO MELHOR AO DESVIAREM DINHEIROS PÚBLICOS PARA AS SUAS “OFFSHORES” E ABRINDO FALÊNCIAS FRAUDOLENTAS EM VEZ DE PROMOVEREM COM ESSES DINHEIROS O EMPREGO E O DESENVOLVIMENTO DAS SUAS EMPRESAS, APOSTANDO NA FORMAÇÃO DE QUADROS E RENOVAMENTO DE EQUIPAMENTOS E CONDIÇÕES DE TRABALHO…….BANDALHOS DE MERDA.

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