O novo ciclo era demasiado previsível. Se não houver “estabilidade política” as culpas serão sempre partilhadas por quem criou os problemas (lembram-se de um tal Barroso?) e por quem não os soube resolver – quem se propõe permanentemente como alternativa.
Santana Lopes e o seu governo foram e são o exemplo acabado da situação a que não se pode dar um tempo. Em democracia é difícil imaginar pior, logo Sampaio tinha todas as razões para a urgência.
Merecemos uma alternativa audaz, clarividente e determinada. Os mesmos motivos que me levam a olhar com alguma admiração para o exemplo socialista espanhol, por exemplo. Vislumbra-se algo parecido por cá? Por enquanto não. Porquê? Boa pergunta! Há muito tempo que por aqui venho a pregar no deserto… Ora como não me tenho como nenhuma inteligência rara outros já deveriam ter acautelado do seu ofício se isso lhes interessasse.
Ainda assim é então tempo de espicaçar e procurar encontrar o que falta no Partido Socialista. Sócrates tem muito pouco tempo – e sempre teve! – para arrepiar caminho. Qual é o seu caminho? Os tempos à esquerda são particularmente exigentes, tanto o país como a esquerda precisa de mais do que a revisitação de 1995-2001 ou do que uma nova versão do marketing político enquanto meio e fim.
Eu continuo na minha: o PS ainda não fez a catarse (atente-se em Jorge Coelho, por exemplo) e sem isso imagino difícil chegar à solução crítica de que precisamos.
Além da vantagem evidente face à aberração Santana Lopes há ainda muito para caminhar no PS para nos conseguir oferecer um governo com projecto à altura das nossas ambições, das minhas ambições para este país.
P.S.: Já agora, alguém nos últimos dias usou publicamente a expressão “A moeda fraca expulsa a moeda forte” que não o tipo aqui do Adufe? É que depois do post referido tem sido muito popular.
Adenda: querem ver que foi o Cavaco?! Juro por tudo o que há de mais…sagrado que não o ouvi! E esta hem Rui? Mas o Expresso saiu no Sábado… Querem ver que o Professor é leitor do Adufe?! 🙂