Retenho uma frase que o Timóteo escreve a propósito da troca de opiniões, sobre o Centrão, entre Vital Moreira e Pedro Adão e Silva:

« (…) A classe média (ao contrário do que parece pensar Sócrates) não se importará de fazer sacríficios se constatar que a sociedade é mais justa, mais igual e mais eficaz. E é demonstrando que com o PS no poder, a sociedade seria mais justa, mais igual e mais eficaz que o PS se apresenta como alternativa a este governo. Isto parece-me que é ser de esquerda. Se acham que isto é “centrão” então eu sou do “centrão”.»

Pois meu caro Timóteo, até acho que tens muita razão, mas não tenho dúvidas que o tempo para a maior eficácia, para o melhor aproveitamento dessa capacidade de sacrifício e de compreensão por parte da “classe média” em prol de uma menor desigualdade de meios e oportunidades, de facto já se perdeu nos idos de 1995.
Quando o PS chegou então ao governo estava em condições absolutamente únicas para equilibrar as finanças (aumentando os impostos, essencialmente por via da maior eficácia da cobrança!), recuperando maior igualdade social, implementando uma melhor redistribuição dos rendimentos.
Hoje, depois do contexto dos governos recentes – e presente(s) – e até pela própria forma de fazer política, “pastilha-elástica” como nunca, tudo será muito mais difícil. Dito isto, no essencial estou de acordo contigo e partilho os teus receios face à liderança de José Sócrates.
Tudo ainda permanece demasiado vago, continuemos a aguardar…
O congresso que se vê na comunicação social, esse mantêm-se igual a todos os outros: sem perguntas e sem respostas.
Valeu-nos a campanha quanto à forma e com alguns – poucos – detalhes quanto ao conteúdo; tudo o resto permanece estrategicamente desconhecido – e espero não estar a ser benevolente com esta hipótese.

Mas onde raio se discute política no interior de um partido?
Às vezes parece-me que se regressou à política pelos blogues, palavra de honra!
Ao menos isso!

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