Eu até defendo a simplificação fiscal, a redução dos benefícios fiscais, mesmo aqueles poucos que estão ao dispor dos trabalhadores por conta de outrem.
Defendo, pois defendo! Não defendo é que enquanto somos tão justos com os mais justos façamos isto com os portugueses de primeira:

O Orçamento de Estado para 2005 (OE) cortou com uma série de benefícios fiscais, mas deu uma enorme “prendaâ€? aos futebolistas e outros desportistas profissionais. Uma “prendaâ€? no valor de 12 milhões de euros (total da despesa fiscal com desportistas). Com efeito, o novo OE deixa cair o “regime transitório de enquadramento dos agentes desportivosâ€?, o que faz com que apenas 60 por cento dos rendimentos auferidos pelos desportistas estejam sujeitos a IRS. (…) O ministro foi menos “generosoâ€? com os rendimentos da Propriedade Intelectual (que também são tributados só em 50 por cento). No OE de 2005 aqueles rendimentos serão tributados a 50 por cento até ao último escalão (superior a 54.588 euros). “Temos contribuintes com rendimentos de 800 mil euros, que só pagam impostos sobre 400 mil, isto não pode continuarâ€?, afirmou Bagão Félix.

Do Correio da Manhã via Blogue dos Marretas. Ainda não confirmei o articulado mas tomemos a notícia por verdadeira.

A acção política baseia-se em princípios mas também em prioridadades. É da conjugação destes dois exercícios que deverão resultar as boas práticas e, nestes tempos de poucas ideologias, as principais diferenças entre projectos que se dizem distintos.
Entretanto, vou pagando e bufando sabendo que outros em situação bem pior que a minha não terão dificuldade em me ultrapassar em indignação… Se ao menos soubessem!

Será que a oposição se atreverá a pegar neste argumento, relatado pelo Correio da Manhã, para se “distinguir”? Ou vão oferecer mais argumentos para a ?

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