Continuo à espera de eventuais colaborações para manter aqui a exposição de Aldrabas.
Entretanto ainda há algumas em carteira. Esta brincadeira pode até ser só mais um pretexto, um pormenor para olharmos para outro pormaior que é a arquitectura que nos rodeia. Vivi mais de vinte anos no suburbio e garanto-vos que há por lá milhares de concidadãos que se acomodam com o absoluto desordenamento e a ausência de uma “flor”. Não quero que se “levantem” e marchem contra a sua condição mas também gostava que tivessem um pouco mais de consciência do mundo, de um outro mundo. Eu ainda ando nessa senda. E porque não olhando para uns muito poéticos instrumentos de que “nos abram as portas”?
Fiquem-se com mais um pouco de prosa nas palavras do autor da fotografia que se anexa. Ele percebe umas coisas da arte.
(reparem na sombra)

Esta outra aldraba que hoje envio é a última da série. Existem por lá, por Monsaraz, imensos exemplares completamente diferentes daquele exemplar divulgado no seu post – A COR DO TEMPO, 12 de Set. – que se generalizou por todo o país. Penso que a razão de ser para a sua generalização tem a ver com um facto muito simples: eram feitos através do recurso ao método do ferro fundido – em moldes – ao contrário dos exemplares de Monsaraz, ou do interessante “falo-modelo” de Cáceres.
Estes modelos artesanais são executados através da técnica do ferro forjado e transportam até hoje a linguagem medieva a que me referi. Tinham/têm a particularidade de serem todos diferentes uns dos outros, embora pudessem ser, por vezes, muito semelhantes. O seu valor patrimonial, bem como o seu preço, eram e serão sempre superiores aos dos modelos resultantes da fabricação em série. Está escrito….
E. Paulino

Mais uma aldraba alentejana - Monsaraz

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