O homem exagerou um bocadinho e tal mas confesso que senti alguma empatia com a sua coragem em se impôr em meio hostil. Num ponto ou outro deixou-se contagiar com uma certa imbecilidade reinante mas a dificuldade da tarefa era desculpabilizante.
Hoje, sabemos até que há quem se esforce, ao mais alto nível, para amenizar os ressentimentos, defendendo que se deixem os baigões serem baigões e por aí adiante, em jeito “perdoa-lhe”. Mas, no entretanto, nesta longa noite, nesta noite de euforia portista, há uma alma portuense que merece respeito e consideração. Junto-me assim singela e prolixamente ao sempre atento Terras do Nunca numa sentida lembrança.

Solidão:
Rui Rio

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