Gostava, confesso que gostava de ver este assunto do conflito entre as liberdades individuais no que diz respeito à utilização do automóvel como meio de transporte diário para entrar e sair da cidade a merecer da blogoesfera metade da atenção que teve a discussão em torno do Português Suave (malefícios/proibição do acto de fumar em locais públicos).
Há que ter algum sentido da proporcionalidade nestas coisas quando pensamos em impôr limitações à liberdade individual de cada um ou quando decidimos o nível de empenhamento pessoal nas causas e, neste caso, comparando com o do tabaco, a nossa preocupação deveria ser multiplicada éne vezes. O tabáco ao pé do bólide é coisa de crianças… Afinal o que é um fumador compulsivo ao pé de um 100Cavalos ou de um histórico automóvel a gasóleo com mais de 10 anos?
Quantos dos que morrem por doenças associadas à má qualidade continuada do ar respirado podem ser atribuidos aos gases que saiem dos tubos de escape dos automóveis particulares? Por outras palavras, quantos “fumadores passivos” de monóxido e dióxido de carbono e afins morrem por dia devido à sua condição?
Qual a relevância da concentração particularmente elevada das partículas de carbono ou da concentração de ozono à superfície, na contracção dessas doenças?