Estar fisicamente na Bélgica, na China ou no Arco Cego em termos blogoesféricos é igual ao litro. Ou deveria ser, mas há aquelas teimosas reminiscências da nossa humanidade que fazem despertar sentimentos, expectativas que alteram o humor de quem escreve.
Portugal, depois de ter passado alguns anos a espantar pela positiva os seus emigrantes quando regressavam, ano após ano, essencialmente com auto-estradas novas, novas auto-estradas e também melhores auto-estradas, ao ponto de estes virem mais bem dispostos em cada Verão com esperança de ter um belo tapete até à porta da casa de férias da sua aldeia ou do seu apartamento no Algarve, corre agora o risco de gerar, por antecipação, uma forte depressão no viajante, principalmente se o regresso for definitivo. Vejam o estado de espírito com o que o Paulo regressa hoje definitivamente a Portugal.
Nós vamos passar a ter um excelente e incómodo spin doctor mais perto de casa. Uma prova de um brain drain revertido?
Há por cá muitos portugueses decididos a serem exigentes optimistas críticos. É uma questão de sobrevivência mas também uma forma avisada de estar na vida. Que tal?

Bienvenido ao país da depressão solarenga.

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