É triste, muito triste. Fico genuinamente triste a ouvir o Anibal Cabrita anunciar uma play list na TSF. Sting, mais Sting, Roy Orbison, se calhar Mike and the Mechanics, depois a Natalie Embrulha… E fico triste pelo Anibal Cabrita que não merecia este espartilho. Este calar-lhe o pio. Mas o mundo ainda tem de comer e um homem tem de comer. O Anibal Cabrita que me ajudou a conhecer sons completamente novos (Portishead, Tricky, Radiohead…) não o pode agora fazer, essa e que é essa. É um profissional, não merece a menor das recriminações, entenda-se. Fico triste por mim, por ver perder alguns daqueles pedacinhos da TSF que me faziam continuar apaixonado por ela ao fim de 15 anos!
Caro Francisco, a TSF encarnou na “Caroline” dos Pet Sounds dos Beach Boys, ou pelo menos, está bem avançado o processo de filha-da-putização.
Quase preferia… quase preferia discos pedidos, ao menos o Rangel tinha a voz do público a escolher as músicas, tinha as donas de casa esse novo target preferêncial satisfeito quando fosse maioritário em antena e por aí adiante, yupis, malucos da bola… Note-se que tenho muito respeito pelas donas de casa mas elas já têm as suas rádios. Eu não tenho grande alternativa. Apenas uma leve esperança na Antena 1, apenas.
A play list da TSF… Estou farto de a ouvir no trabalho (onde a democracia directa reina!), mas ouço-a noutras rádios, “todas iguais, todas iguais”.
Será que alguma editora paga à TSF para ter uma play list? Espero que pague muito bem. A TSF enche chouriços, primeiro na música depois…
Ainda não é o adeus, já houve outras temporadas parecidas na TSF, mas as play lists também conviviam com programas de autor (Mário Dias, Francisco Amaral, Anibal Cabrita, António Curvelo…).
Não vejo com ternura os cabelos brancos, as rugas que vão surgindo na minha TSF.