O Paulo Gorjão critica em quem votou (Cavaco Silva). Nada de anormal, de facto. É um dos motivos porque gosto de o ler, encontro-lhe coerência nisso porque argumenta inteligentemente. Digamos que esse também é o meu "partido".

Depois alguém lhe diz, "mas isso que criticas estava-se mesmo a ver que ia acontecer!" E o Paulo responde que nesta terra ninguém percebe esta atitute. Traduzindo de forma mais brejeira, o Paulo afirma que quem apoia alguém e visto como tendo a obrigação de assinar de cruz; comer e calar, agora e para todo o sempre.

Pois tendo o Paulo toda a razão e sendo esse um dos nossos principais problemas – uma espécie de clubite partidarística (desculpem o pleonasmo) – talvez desta vez o Paulo esteja também a receber outro tipo de crítica que não recai exactamente na que ele identifica, fruto da guerra de trincheiras, apesar de ser patrocinada por quem esteve de outros lados da barricada…

Digo isto porque estava mesmo a ver-se que este Cavaco era o que íamos ter! Justificar o voto em Cavaco por outro motivos (porque seria o menos mau, porque gostavam de ter um presidnete o mais parecido possível com os anteriores, etc) talvez ainda entendesse, mas ficar a cultivar a crítica nos moldes feitos, ao fim de 100 dias, identificando precisamente o que outros tinham como ilusão, também merece amigável cacetada, para memória futura. Sim, para memória futura, porque a repetição é um factor importante, de várias formas e com consequências diversas. Nem sempre é coisa boa. E como se sabe, haverá eleições daqui a 5 anos.

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