No noticiário regional da Antena 1 – RDP (entre as 13h30 e as 14h00) apresentaram uma reportagem sobre uma nova aposta dos Transportes Colectivos do Porto cuja referência aqui hoje bem mesmo a prpósito (leiam os últimos textos do Adufe para perceberem o que digo).
Há cerca de uma semana iniciou-se ao serviço dos STCP, a primeira unidade movida a hidrogénio em carreira regular de transporte de passageiros. Uma estreia nacional. Os veículos têm piso rebaixado para maior comodidade dos passageiros, capacidade para cerca de 50 indivíduos e é operado por motoristas que receberam formação especializada. Cada autocarro transporta 40 quilogramas de hidrogénio no tejadilho, local onde se encontra toda a parafernália (baterias e afins) que transformam o combustível em energia propulsora. Cada quilograma de combustível custa cerca de 10 € e não faço a mínima ideia de qual a autonomia que disponibiliza.
Curiosamente estes autocarros produzem uma “fumaça” bem mais visível do que é habitual nos tradicionais veículos a gasóleo sendo necessário informar a população sobre as razões para tal facto. A grande diferença reside no facto dessa “fumaça” não passar de vapor de água absolutamente não nocivo.

O hidrogénio é produzido (via electrólise da água) em Portugal (não retive o local), sendo depois transportado para o único posto de abastecimento existente no país, propriedade dos STCP. Mais do que ter como objectivo reduzir custos no curto prazo, os STCP afirmam que querem desde já conhecer a tecnologia e começar a formar quadros por forma a estarem preparados para reforçar esta aposta assim que seja tomada a decisão política e/ou a tecnologia atinja um rácio custo/eficiência concorrencial com a tradicional. Fico curioso por saber como estas contas são feitas… Mas noto, acima de tudo, com agrado que, mesmo na impossibilidade de contabilizar rigorosamente custos e benefícios, os STCP percebam desde já que num momento futuro próximo as vantagens e as necessidades serão tão prementes que todo o euro gasto hoje é um bom investimento.

Quanto a Lisboa, as últimas notícias que tive falavam de um fiasco da experiência com os veículos movidos a gás natural (elevados custos de manutenção) tendo-se mencionado uma aposta em renovar a frota recorrendo a veículos movidos a gasóleo ainda que bem menos lesivos do meio ambiente do que os actualmente em circulação. Não sei sinceramente se foi esta a decisão final mas gostava que nesta cidade houvesse a presença de espírito que se revela no exemplo dos STCP.

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