Além das divergências, mais ou menos profundas, que possa ter com qualquer governo gosto de estar convencido que quem governa o faz convicto que está a defender o interesse nacional…
Já estive menos convencido quanto a George W. Bush, por exemplo. Hoje, acho que ele se julga algum messias, além de ver com piada o controlo do petróleo do Iraque.
Por cá, ao tentar perceber o que significa obrigar as empresas a contratar 2% de deficientes, uma medida que é apresentada como o paradigma da política social deste governo, escapam-se-me as forças para acreditar que os nossos governantes julguem convictamente estar a defender o interesse nacional.
É demasiado mau para acreditar e tenho a sua inteligência em conta demasiado elevada para acreditar na ingenuidade da medida.
Amigos da oposição, por favor, aprendam com estes erros e evitem-me a vergonha de, no futuro, ver o meu país passar por mais situações como esta.
A caridade é um belo complemento individual e de preferência discreto ou mesmo anónimo para se contribuir para atenuar os males do mundo. Não podemos é fazer dele um limpa consciências, um acto de desresponsabilização magnânimo para deixarmos de ver tudo o que nos rodeia. E para pelo caminho brincarmos individualmente aos deuses.
Há uma inevitável necessidade de fazer perguntas e encontrar respostas colectivamente. Por mais dificil e atribulado que seja esse percurso, por mais chico-espertos oportunistas que apareçam há´problemas e soluções que só se identificam e resolvem se nos obrigarmos a olhar para eles.
Bom natal!

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