A má imprensa tem sido um argumento apologético recorrente para resultados menos bons em eleições. Não negando que terá um papel não desprezível, não me convence como razão fundamental. Veja-se este post do João Nogueira Santos no Facebook:João Nogueira Santos no Facebook:
“MPT e LIVRE vão ter 9,4% dos votos. Dois partidos sem meios, que ninguém conhecia, mas com candidatos com alguma notoriedade e com percurso reconhecido na vida pública.
Este resultado demonstra que afinal é possível a sociedade civil entrar no sistema para o mudar por dentro. Mas para tal é preciso que os seus membros mais reconhecidos e prestigiados, deixem-se de conversa e venham a jogo nas eleições, em atuais ou novos partidos. Obrigado Marinho Pinho e Rui Tavares pelo vosso exemplo e esforço.“
É caso para dizer: Se eles conseguem, o que estará a correr mal? Será que o problema está sempre no outro? Marinho construi a imagem ao longo de anos, Rui Tavares também. Dos dois prefiro o exemplo do segundo, outros preferirão o do primeiro, mas o que é certo é que se fizeram políticos. Todos sabem o que pensa Marinho e Pinto, muitos sabem o que pensa o Rui Tavares.
Começar com uma folha em branco numa direção partidária de um partido com a dimensão do PS ou do PSD, com pouca densidade política reconhecida pelos eleitores nos anos que a antecederam (nota: camaradas de partido, não são eleitores comuns, o que releva é o que “sai para fora”) foi e está a ser parte do problema. A má imprensa não explica tudo. E isto tanto serve para os incumbentes no PS como para os que estejam a pensar ficar pela calada à espera da próxima oportunidade “segura”. A política ficou mais complexa, a aversão ao risco não é uma opção, atualizem-se!