Gostava, por acaso gostava que um jornalista mais descarado quando lhe aparecesse um alto dirigente do PS a tecer loas à união e às capacidades agregadoras de um qualquer candidato à liderança do partido lhe perguntasse se as vantagens dessa aglutinação não resultam de um forte receio de que o debate político no seio do Partido Socialista já não consiga ir além do que vimos na lota de Matosinhos.
Separar as águas é uma actividade arriscada: é a única forma de se gerar um líder genuíno, se houver quem tenha estofo para tal, mas é também a melhor maneira de se provar a mediocridade dos contendores e/ou das suas falanges.
Quão averso ao risco é hoje o Partido Socialista?