Seguro foi, objetivamente, um líder medíocre. Esforçado, dedicado mas insuficiente em vários parâmetros que poderemos discutir se para alguém, passados estes três anos, ainda não forem evidentes. Muitos, uma clara maioria de militantes do PS, atrevo-me a dizer, perceberam isso. Um deles teve a ambição e coragem para se chegar à frente a apresentar-se dizendo: “Eu consigo fazer melhor e creio que é a vontade maioritária do partido que me seja dada a oportunidade de o demonstrar o quanto antes. Eu tenho melhores hipóteses e condições de ser primeiro-ministro.”  Não tendo sido um tontinho isolado, mas antes um protagonista de uma maioria de vontades, foi imediatamente apoiado e está a sê-lo por todo o país. Só não vê quem não quer ver. E esta é uma mensagem política poderosa.
O que um líder não medíocre e convicto da sua certeza teria feito de imediato era aceitar a clarificação democrática. Como aliás creio sempre ter sido feito na história do PS. E isto é o fundamental que está em causa. Qual é o melhor líder para o PS e qual o melhor líder que o PS tem para apresentar ao país.
Ignorar esta realidade política incontornável, enterrá-la por baixo de manigâncias e conversões a reformas contra as quais se definiu a própria direção atual do PS quando foi eleita, desvalorizar esta realidade enquanto aspeto crítico num partido que quer protagonizar a governação do país  é um absurdo político que não consigo entender. É, ironicamente, a prova definitiva de que António José Seguro não tinha, nem tem as melhores condições para continuar a ser SG do PS e muito menos para vir a ser primeiro-ministro do país. Esta é uma razão necessária e suficiente para se mudar de liderança. Política simples e cristalina.

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