Propor mexer no número de deputados logo após as eleições em que os partidos do bloco central tiveram das mais baixas votações de sempre e admitindo como hipótese que os 180 deputados remanescentes sejam eleitos em circulos uninominais (onde só os votos do partido mais votado serão considerados) é uma opção justamente criticável por quem vê nisto uma tentativa de passar a ganhar na secretaria afastando o voto real cada vez mais da percentagem de deputados eleitos por partido.
Onde está aqui a enorme preocupação de aproximação aos eleitores?
Com a ameaça de surgirem novos partidos, reduzir o parlamento em 50 deputados e introduzir formas adicionais de distorção de proporcionalidade é, objetivamente, uma chapelada.
Há muitas formas de reduzir o número de deputados e ainda assim manter ou mesmo reforçar a proporcionalidade a nível nacional. A nível regional é que tenho mais dificuldades em defender a minha proposta de redução, mas talvez com 201 deputados se encontrasse uma solução equilibrada. Agora não é sequer essa hipótese que está em cima da mesa com mais uma proposta feita esta semana pelo PS.