Eu sei que pode custar a ouvir, até pode parecer injusto se acharmos que é uma crítica ao empenho e dedicação (que creio não ser) mas o retrato e as angústias que o Pedro Adão e Silva deixou hoje no Bloco Central sobre os tempos recentes do PS e sobre o que se pode projetar pela amostra merecem ser ouvidas e enfrentadas. Não para “retaliar” mas para melhorar. Por muito difícil que seja, o PS tem de conseguir apresentar mais, melhorar a qualidade e amplitude da sua intervenção política. Há quem esteja atento, há quem esteja envolvido que não está, ainda, convencido de que haja a densidade suficiente para se vir a fazer a governação de que precisamos. É preciso ir além da garantia de superioridade ética e institucional no desempenho de funções. Estes são mesmo tempos de uma enorme exigência. A tarefa que se receberá não será mais fácil do que a que o atual governo recebeu em 2011. Não haverá estado de graça ou tempo para “respirar”.