Admitindo que o que o Público tem difundido é verdade (admito que sim sem pôr as mãos no fogo) recordo que já aqui zurzi em devido tempo contra a lógica e os métodos de José Manuel Fernandes. Tenho andado a evitar repetir-me até porque os sucessivos disparates do governo não me dão propriamente vontade de vir em defesa de aparentes pormenores. Contudo, não são de todo pormenores e MAV, na Origem das Espécies poupa-me o trabalho. Volto à carga com as suas palavras a ver se alguém com responsabilidades naquele jornal e/ou entre os seus leitores percebe o que está em causa:

“(…) O que me parece estranho, repito, é a obsessão do “Público” em, reiteradamente, ir buscar ao passado de Sócrates pequenas minudências que sirvam para o fragilizar agora.

O Primeiro-Ministro, evidentemente, não é intocável. Pelo contrário: há em muitas das suas opções matéria mais do que suficiente para um ataque político ou uma crítica jornalística. Que essa crítica exista é salutar para a democracia – e é sobretudo à imprensa que compete fazê-la.

Outra coisa, porém, é um jornal de referência como o “Público” proceder como se fosse o “Avante” – e servir-se de todos os meios para desacreditar alguém que erigiu em “inimigo político”.

Os últimos anos da Monarquia e a chamada I República conheceram sobejamente estes métodos. Não me parece, no entanto, que eles fiquem bem num regime democrático já com anos suficientes para ser adulto. (…)”

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