" (…) Aparentemente, nem o Primeiro Ministro nem a Ministra da Educação vêem qualquer mal na contratação de uns quantos miúdos para servirem de figurantes na apresentação de um projecto, já de si algo pífio, de informatização das salas de aula.
Aparentemente, nenhum deles se apercebe da mensagem subliminar que o "evento" passou à opinião pública: a de que a acção política do Governo não passa de um simulacro bem ensaiado para consumo do cidadão-telespectador.
Aparentemente, no seu entusiasmo neófito pelas delícias do marketing político, nenhum deles se apercebe de que, neste como em muitos outros casos, a conotação acaba por sobrepor-se à denotação, ou seja, a forma acaba por ser mais expressiva do que o presumível conteúdo. (…)"
in Blogo Existo, "Qual é o Mal?"
Naturalmente, esta lição tende a tornar-se universal, mas com os políticos dos outros posso eu bem (ou quase).